20/01/2014 10h57 – Atualizado em 20/01/2014 10h57
Moradores de rua usam colchões de papelão, fogão a lenha e deixam lixo e muita sujeira no local
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Assistência Social, e uma mulher que identificou por Mara Carrara, disse que não tinha conhecimento da situação e que entraria em contato com o albergue do município para tomar as providências
Ricardo Ojeda
O principal cartão postal de Três Lagoas, a Lagoa Maior, além de abrigar vasta variedade de aves e animais da fauna pantaneira, e pessoas que praticam atividades físicas, reúne também desocupados e usuários de drogas, entre outros.
Além disso, aos domingos o ponto turístico de Três Lagoas, recebe grande concentração de pessoas que praticam caminhadas, outros optam por uma saudável roda de tererê. Mas, infelizmente, o local também é ponto de visitação de desocupados e até hippies que acampam, montando barracas e até dormem ao relento.
FREQUENCIA
Uma situação que vem acontecendo com freqüência, e chama à atenção de quem frequenta o local, é um casal que escolheu a frondosa sombra de uma árvore para “fixar residência”. Eles dormem embaixo da arvore e não se preocupam com as pessoas que passam pelo local, acompanhando a cena desagradável.
Para o casal, que veio de uma cidade do interior paulista, a situação é perfeitamente normal e tanto é que improvisaram um “fogareiro” para fazer a comida diária. Dois tijolos, gravetos e uma caixa de fósforos garantem a refeição deles. O problema é que a Lagoa Maior, é uma área de preservação permanente e a ação dos moradores de rua, despertou a atenção da vizinhança que chamou a Polícia Militar para retirá-los do local.
Acontece que essa medida não é competência da Polícia Militar, mas sim, da secretaria de Assistência Social, que deveria encaminhá-los a um abrigo do município.
AÇÃO DA POLÍCIA
Mesmo assim, a reportagem do Perfil News acompanhou a ação de uma equipe da Rotai que esteve no local conversando com o casal. Mas, mesmo diante dos argumentos dos policiais que eles não poderiam acender fogo e cozinhar naquele local, o casal permaneceu irredutível em sair da lagoa.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Assistência Social, e uma mulher que identificou por Mara Carrara, disse que não tinha conhecimento da situação e que entraria em contato com o albergue do município para tomar as providências.
SEM ESCRÚPULOS
Por outro lado, não é só casal de moradores de rua que infestam o cartão postal do município. Frenquentadores utilizam o local para fazer uma espécie de piquenique, só que deixam restos de comidas, embalagens plásticas, garrafas de refrigerantes, e até excrementos de animais domésticos. Esse comportamento típico de pessoas que não tem noção de civilidade e comportamento, além de agredir o meio ambiente, põe em risco os animais que habitam o local, por que estes muitas vezes ao comerem sobras de alimentos, podem ingerir plásticos e outros produtos nocivos à sua saúde.
LAGOA CERCADA
Recentemente, o promotor do Meio Ambiente, Antonio Carlos Garcia de Oliveira comentou nas redes sociais que poderia determinar o fechamento da Lagoa Maior, situação que provocou comentários negativos a medida. Mas, observando os últimos acontecimentos, o representante do Ministério Público não esta errado com a medida.
Um outro acontecimento que repercutiu na cidade, foi o fechamento da igrejinha de Santo Antonio, outro importante cartão de visita de Três Lagoas. Depois de ser arrombada duas vezes e ter as paredes pichadas, não teve alternativa a não ser o fechamento do local com grades, que limitou o visitação do ponto turístico.
-
Content section component