24.4 C
Três Lagoas
sexta-feira, 29 de março de 2024

Casos de hanseníase têm queda em Três Lagoas, revela Saúde

29/07/2015 15h10 – Atualizado em 29/07/2015 15h10

Se comparado com o ano passado, índice da doença caiu em 2015 no município. Homens representam 60% do público infectado

Lucas Gustavo

Dados da Secretaria de Saúde de Três Lagoas repassados nesta quarta-feira (29) à reportagem do Perfil News apontam redução na quantidade de casos de hanseníase no município. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) explica que a doença é provocada pela bactéria Mycobacterium leprae e foi descoberta em 1873. Seu principal sintoma é o aparecimento de manchas de cor parda sobre a pele com a perda da sensibilidade na região afetada.

De acordo com Antônio Carlos Modesto, coordenador do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, Três Lagoas encerrou 2014 com 26 diagnósticos confirmados da doença. Assim, o número de pacientes com o quadro clínico positivo no ano passado ficou em 2,1 ao mês. Já em 2015, de janeiro a julho, apenas 10 casos foram registrados e a média caiu para 1,4.

DE 1999 A 2015

Ainda conforme o balanço apresentado pela Secretaria de Saúde, 222 três-lagoenses contraíram hanseníase de 1999 a 2015. Pelo menos 60% dos infectados correspondem a pessoas do sexo masculino. Do total de casos, 41 aconteceram na Vila Nova, 32 no Vila Piloto, 29 no Vila Haro, 21 no Nossa Senhora Aparecida, 20 no São Carlos, 19 no Santa Rita e 18 no Vila Alegre. Juntos, os bairros Paranapungá, Guanabara e Centro contabilizaram 42 registros da doença.

PREVENÇÃO

Segundo Modesto, a Secretaria Municipal de Saúde promove há 18 anos campanha anual de mobilização contra a hanseníase. Em 2014, os trabalhos foram realizados em novembro, paralelos ao Dia Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele.

O coordenador esclarece que nem todas as formas clínicas de hanseníase são contagiosas. Pacientes em tratamento, após 25 dias, já não transmitem mais a doença. Em geral, a contaminação acontece por meio de gotículas de saliva deixadas no ar pela tosse ou espirro de um infectado.

Moradores com suspeita de hanseníase devem procurar, imediatamente, uma unidade de saúde do município para avaliação clínica. O tratamento, que pode se estender por um ano, é acompanhado pela médica Maria Angélica Gorga, especialista em hansenologia.

A hanseníase tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pela rede pública de saúde. (Foto: Ilustração).

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.