30/06/2014 11h58 – Atualizado em 30/06/2014 11h58
Segundo o diretor, a conversa entre ele e o 2° tenente da PM tinha um objetivo, evitar o pior
Da Redação
O diretor da Secretaria Municipal de Esportes, Juventude e Lazer (Sejuvel), Anésio Anselmo Ferreira, nega a acusação de ameaça ao 2° tenente da Polícia Militar (PM), durante a festa de comemoração da vitória da Seleção Brasileira, no sábado (28) à noite, na avenida Filinto Miller, em Três Lagoas, cidade a 338 km de Campo Grande. Anésio também questiona a versão da polícia e o uso excessivo da força em um evento isolado.
“O ônus da prova cabe a quem acusa”, explica o diretor. A conversa entre ele e o 2° tenente da PM tinha um objetivo, evitar o pior. “Fui conversar com o comandante da operação, que não se identificou para mim, nem tinha identificação na lapela, porque eu temia o pior. Ele não só não quis conversar comigo como proferiu palavras vexatórias, me chamando de trouxa”.
Sobre a frase “esse tenente não perde por esperar, ainda vou transferi-lo para Porto Murtinho”, tudo não passa de falsa acusação. “A operação foi orquestrada, planejada para acontecer daquela forma, mas ele precisava de um bode expiatório e eu fui o escolhido. Agora ele tem que provar que eu falei até porque nem tenho autoridade para fazer isso”.
O diretor da Sejuvel também questiona a operação da polícia para conter um fato isolado em uma avenida completamente interditada pela PM. “Se a avenida estava interditada, de onde saiu aquela moto? E se houve um fato isolado por que não usaram o efetivo para controlar o fato isolado? Era mais fácil isolar e prender esse grupo do que sair soltando bomba e bala de borracha em cima de todo mundo”.
Anésio foi o primeiro a ser colocado dentro da viatura, mas conta que pelo movimento e barulho, a ação da polícia com bombas de efeito moral e balas de borracha sobre toda a população presente no local, deve ter durado cerca de meia hora.
(*) Com informações Diário Digital
