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sexta-feira, 29 de março de 2024

Família três-lagoense encontra ‘tesouro’ em sacolas plásticas

20/12/2014 10h54 – Atualizado em 20/12/2014 10h54

Objetos encontrados farão a diferença na vida de sete crianças, filhos de uma mulher que nem sabia como presentear os filhos no Natal

Patrícia Miranda

O Natal é considerado por muitos como um período consumista. Presentes são dados em razão de carinho, afeto, amor ou apenas como uma ‘lembrancinha’. Mas e quando as famílias não têm dinheiro para comprar presentes para seus entes queridos e filhos? Em Três Lagoas uma família teve a ‘sorte grande’.

Uma cena curiosa foi registrada esta semana em uma tarde chuvosa em Três Lagoas, no Bairro Interlagos próximo ao site Perfil News. Uma família reunida em volta de enormes sacos e papelões, com sorrisos estampados, procuravam algo. A equipe aproximou-se, debaixo de uma garoa fina que não atrapalhava a procura da família e pode ver três adultos e duas crianças reviravam as sacolas. Pareciam estar felizes por ter a sorte de serem os primeiros a terem encontrar um ‘tesouro’, que apesar de molhado ainda poderia ser valioso. Eram objetos que seriam destinados para reciclagem, mas pelo colorido chamaram a atenção deles que passavam pelo local de bicicleta.

“Somos do bairro Guanabara e viemos aqui próximo para pegar um sopão e quando passamos vimos os sacos e resolvemos olhar, para ver o que era e para nossa surpresa encontramos muitas coisas”, disse Rosenilda Ferreira, 38, desempregada.

Os objetos seriam de uma creche próxima, pois continham brinquedos e objetos infantis, a maioria feitos a mão. O pequeno Telmo Odilon de oito anos, ficou encantado com o bambolê que estava em ótimo estado e mesmo extasiado com o achado, não perdia o foco de encontrar mais brinquedos para os seus outros sete irmãos.

Edinaldo dos Santos, 24, marido de Rosenilda, contou que esta desempregado e que possivelmente não teria dinheiro para comprar algo para os filhos no natal e que aquilo foi algo divino. A dona de casa Juliana da Silva Oliveira, 23, que está grávida acompanhava o casal em busca do desconhecido.

A felicidade tomou conta quando foi encontrado dois pares de sapatos infantis aparentemente novos, prontamente foi entregue para Juliana, que ficou contente. “esses sapatinhos já têm dono”. A todo o momento o pequeno Telmo, mostrava o que encontrava para sua mãe, dizendo, “mãe, olha o que encontrei! podemos levar? Meus irmãos podem gostar!”.

Em meio a chaveiros, brinquedos e até alguns confeccionados com objetos simples, que eram encontrados a esperança, a alegria e um sorriso verdadeiro não eram atrapalhados pela garoa que caia, destruindo os papelões que envolviam os objetos. “Agora podemos dar presentes para nossos filhos”, falou Rosenilda, organizando o que achava para levar.

(*) Colaboração de Leo Lima, Guta Rufino e Gabi Rufino

A família procurava algo que nem ao menos sabia; a esperança era o que motivava. (Foto: Gabi Rufino)

O pequeno Telmo Odilon de oito anos, encantado pelo 'achado' nas sacolas. (Foto: Guta Rufino)

A curiosidade e a esperança de encontrar algo, atiçaram mais a procura da família. (Foto: Gabi Rufino)

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