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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Professora da UFMS aponta medidas para proteção da água

20/03/2014 16h26 – Atualizado em 20/03/2014 16h26

Em homenagem ao Dia Internacional da Água, comemorado em 22 de março, a professora da UFMS, Maria José Alencar, usou a tribuna livre para falar do tema, a convite da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, na sessão realizada na última terça-feira

Da Redação

Em homenagem ao Dia Internacional da Água, comemorado em 22 de março, a professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Maria José Alencar, usou a tribuna livre para falar do tema, a convite da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, na sessão realizada na última terça-feira (18).

A professora-doutora lembrou que os recursos hídricos disponíveis têm sofrido contaminação com dejetos de toda natureza e destruição de nascentes que prejudicam o reabastecimento dos corpos hídricos.

SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS

Ela informou que, atualmente, os dados são alarmantes, de acordo com a Organização das Nações Unidas:

40% da população mundial já vive situação de escassez

2,2 milhões de pessoas morrem anualmente por consumo de água contaminada

Até 2025, o planeta viverá séria crise de abastecimento, com falta de água para mais de 3 bilhões de pessoas
Atualmente, 70 regiões do mundo já vivem com falta d´água

Nos últimos 50 anos, a quantidade per capita já sofreu redução de 60%

No Brasil, o desperdício de água tratada chega a 50%, nas grandes cidades, devido a vazamentos na rede de abastecimento

58% das cidades brasileiras não oferecem água tratada

Em 2015, 55% dos municípios brasileiros terão episódios de déficit

MEDIDAS PREVENTIVAS EM TRÊS LAGOAS

Diante desta situação, a professora destacou que são necessárias medidas urgentes de sensibilização e educação da população, mas, sobretudo, ações do poder público e das empresas, destinadas a oferecer soluções para manter a qualidade e a quantidade de água disponível para as necessidades humanas.

Quanto a Três Lagoas, Maria José discorreu sobre medidas necessárias para a preservação dos mananciais disponíveis, com ações preventivas, ordenativas e educativas:

Planejamento do crescimento urbano, para que não haja avanço sobre os locais de recarga dos lençóis, principalmente as três lagoas da área urbana.

Normatização e orientação da ocupação urbana, prevendo sistemas de captação de água da chuva e reaproveitamento.

Arborização urbana para melhoria do microclima local e da umidade do ar.

Implantação de galerias de águas pluviais e limpeza para evitar alagamentos.

Ampliação de rede e fiscalização nas estações de tratamento de efluentes, para que o lançamento em rios e córregos não provoque poluição, mantendo a qualidade para atividades, como no Jupiá.

Discussões em vários âmbitos pra a criação de um comitê de bacia, para discutir as questões de proteção da bacia hidrográfica, como uso e ocupação de solo, uso da água e proteção ao cerrado.

“Não podemos nos dar ao luxo de crer que não viveremos com escassez seja na quantidade ou na qualidade da água, apesar de sermos cercados por abundantes recursos hídricos. Temos o compromisso de lidar com esta situação para garantir água para as futuras gerações. No ritmo de crescimento registrado, não podemos imaginar que este futuro está muito distante”, disse a professora-doutora.

(*) Com informações de Assecom Câmara Municipal de Três Lagoas

A professora-doutora lembrou que os recursos hídricos disponíveis têm sofrido contaminação com dejetos de toda natureza e destruição de nascentes que prejudicam o reabastecimento dos corpos hídricos (Foto: Divulgação/Assecom)

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