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Três Lagoas
sexta-feira, 19 de abril de 2024

Três Lagoas cresce, mas sofre com aumento dos problemas sociais

23/05/2014 18h06 – Atualizado em 23/05/2014 18h06

Por vários pontos da cidade, eles estão espalhados, pedindo alimentos, dinheiro para bebidas e drogas; são andarilhos, muitos oriundos de outras cidades e estados, quem aportam Três Lagoas quase que diariamente

Léo Lima

O crescimento de uma cidade é sempre objetivo de toda administração pública. No entanto, paralelo a isso e como contrapartida negativa dos investimentos na área econômica-financeira está a questão social, principalmente quando se depara com o problema batendo à porta dos lares do três-lagoense. A dona de casa Isabel Cristina da Silva que o diga. Na manhã desta sexta-feira (23), mais uma vez foi atender ao batido de palmas em frente sua residência, próximo da rodoviária. Era o mesmo andarilho que, ainda com bafo de cachaça e visual emporcalhado pela sujeira, além de estar fedendo a secreções fisiológicas, lhe vinha pedir algum alimento. “Um pão, pelo menos, dona”, implorava o mendigo.

A cena é comum e repetida várias vezes por dia em muitas casas de Três Lagoas. E o volume de pedintes do gênero cada vez mais aumenta na cidade, cujas origens dos protagonistas são de fácil identificação: a maioria vem de outras cidades, de outros estados.

PRINCIPAL PONTO

A estação rodoviária, localizada no bairro Vila Nova, é onde o número de andarilhos mais se evidencia. É por aonde eles chegam à cidade e onde, na praça em frente, dormem, se embriagam, fumam drogas, perturbam a vizinhança e comerciantes.

Por diversas vezes, a Polícia Militar local realizou “batidas” na praça em frente à rodoviária. Muitas das vezes, a pedido dos moradores próximos ou comerciantes, reclamando da baderna dos desocupados e até preocupados até com suas segurança.

Existem aqueles que, travestidos de artistas circenses, saem às ruas com os malabares se exibindo por entre os carros. Mais tarde, no começo da noite, a arrecadação se transforma em moeda de compra de drogas, especialmente o crack.

PREÇO DO DESENVOLVIMENTO

O atendimento a essas pessoas pela Assistência Social do Município implica na desassistência aos nativos. E tal situação importa também em gastos com gente que vem de fora e não com os aqui nascidos.

É o preço que Três Lagoas está pagando pelo desenvolvimento formidável (e positivo) que se assanha desde há dez anos na região, mas que tem que conviver com situações como essas advindas do aspecto social, onde o crescimento econômico da cidade contradiz à realidade das ruas.

Andarilho dormindo em plena tarde de sexta-feira, em uma calçada da rua Bom Jesus, no bairro Interlagos (Foto: Ricardo Ojeda)

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