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terça-feira, 23 de abril de 2024

Com crescimento industrial e imobiliário pedreiros estão em falta em Três Lagoas

13/09/2011 10h21 – Atualizado em 13/09/2011 10h21

Preço da diária de pedreiro em Três Lagoas aumenta em 60%

Cursos para pedreiro são gratuitos, porém, não existe procura pela qualificação do profissional

Adriano Vialle

A cidade de Três Lagoas sofre um “boom” na área de construção civil. A construção de diversas fábricas e empresas no município proporcionou desde 2008, o aumento na procura por pedreiros. O preço diário por esse tipo de profissional foi subindo, tendo diferença de até 60%, comparado desde 2010 até este ano.

Segundo o coordenador do Centro Integrado de Atendimento ao Trabalhador, CIAT, Ivan Alvini, há desinteresse pela qualificação do profissional. “Nós oferecemos vários cursos gratuitos de aprimoramento para o profissional, e as vagas não são preenchidas. A falta pela mão-de-obra surgiu desde a instalação da fábrica de celulose, 2008. Há uma grande falta pelo profissional em Três Lagoas”, comentou.

Ivan afirma que no CIAT está com 10 vagas em aberto sendo que várias construtoras já procuraram o centro procurando pela mão-de-obra. “Diariamente construtoras oferecem vagas e não existe o profissional, aqui em Três Lagoas.

FALTA DO PROFISSIONAL

De acordo com Donizethe Moreira, vice-presidente da Sitricon, existe cerca de 400 pedreiros sendo que a demanda na cidade chega aproximadamente 1.600. “Nós oferecemos vários cursos com apoio do Senac, porém, são poucos que demonstram interesse pela qualificação. Eles sabem o básico e geralmente aprendem como servente com um amigo e não buscam pelo aprimoramento”, comentou.

Donizethe afirma que todo dia construtora procura o Sindicato para oferecer trabalho para pedreiros. “A cidade tem um déficit muito grande pelo profissional, pedreiro hoje em Três Lagoas não falta emprego, tem construtora que vem até nós procurando por 10, 20 profissionais. A mão-de-obra diária custa cerca de R$80 reais hoje”, afirmou o vice-presidente da Sitricon.

PROFISSÃO

Adeilson Reis da Silva, tem 23 anos e há 3 anos trabalha como pedreiro e afirma que até o ano de 2012 tem trabalho agendado em obras particulares. “Não fiz nenhum curso, comecei como servente de um amigo meu, eu aprendi com ele e há 3 anos trabalho na área”, comentou.

Adeilson comentou que o preço pela diária pelo serviço do profissional subiu consideravelmente nos últimos 8 meses. “O retorno financeiro é muito bom, o profissional está mais valorizado sendo que a procura aumentou”, disse.

Em Três Lagoas há falta da profissão de pedreiro
Foto: Adriano Vialle

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