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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Dnit admite antecipar cronograma da ponte MS-SP

25/07/2012 16h16 – Atualizado em 25/07/2012 16h16

Obras da nova ponte no rio Paraná aceleram; Dnit pode mobilizar até 400 operários

Nova ponte no rio Paraná que liga Três Lagoas e Castilho (SP) pode ser concluída antes de junho de 2014

Edmir Conceição

As obras da nova ponte sobre o rio Paraná, ligando Três Lagoas a Castilho (SP) podem terminar antes do prazo previsto, que é fim de junho de 2014. Segundo o gerente do Dnit na região do Bolsão, engenheiro Milton Rocha Marinho, as obras hoje seguem o cronograma, mas o órgão já estuda a possibilidade de reduzir o cronograma, diante da perspectiva de antecipação de algumas etapas das obras. A construção da ponte tem três fases – infra-estrutura básica (fundações), meso-estrutura (suporte) e super-estrutura (pista de passagem).

FUNDAÇÕES

De acordo com o Dnit, os trabalhos estão concentrados na fundação. As técnicas empregadas pela engenharia civil nessa fase chamam a atenção. A reportagem do Perfil News esteve no canteiro de obras e acompanhou uma das vistorias do engenheiro Milton Rocha Marinho, que inspeciona os trabalhos diariamente.

No estágio das fundações, operários trabalham na implantação de conjunto de 16 a 48 estacas de até 18 metros, com 6 metros cravados na parte rochosa, abaixo da lâmina de água. Segundo o Dnit, dependendo do período, o órgão trabalha com a perspectiva de empregar até 400 operários.

CRONOGRAMA

Embora não fale em datas, já no fim de 2013 toda a área no lado de Mato Grosso do Sul sob influência da nova ponte deverá receber obras de complementação urbana (asfalto e sinalização). No lado paulista essas obras de acesso à ponte já foram iniciadas. Após a conclusão da ponte, o km zero da BR 262 mudará de direção. A rodovia não vai se sobrepor mais à Marechal Rondon, no lado paulista, através da barragem.

Para a urbanização do acesso foram desapropriadas toda área do antigo cinturão verde. Em relação à área, está tudo regularizado, não resta nenhuma demanda segundo o chefe do Dnit.

LOGÍSTICA

A nova ponte, ao lado da ponte ferroviária, é financiada com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e vai desafogar o tráfego sobre a barragem da Hidrelétrica de Jupiá. Sem uma ponte rodoviária, a barragem acabou assumindo essa função de ligação.

Com extensão de 1.344 metros, a ponte vai custar aproximadamente R$ 113 milhões, segundo o orçamento inicial. Além da solução na ligação rodoviária entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, as comunidades de Três Lagoas e Castilho vão compartilhar benefícios com a urbanização. Uma parte de trabalhadores dos setores da construção e de serviços mora em Castilho e Andradina. Há também a demanda reprimida pela expansão industrial por infra-estrutura de transportes e logística.

Confira mais fotos na galeria:

Obras da ponte já estão em fase bem adiantada:algumas bases que vai suportar a estrutura já estão concluídas e perfuração avança no rio com profundidade de até seis metros no solo rochoso (Fotos: Ricardo Ojeda)

No local da obra o encontro de duas tecnologias da engenharia civil: a ponte ferroviária de aço, construída pelos ingleses e a ponte de concreto armado desenvolvida pela engenharia brasileira (Foto: Ricardo Ojeda)

Esboço do traçado (em amarelo) que vai servir de via de acesso à ponte. No detalhe em vermelho o trevo em Três Lagoas e Castilho, onde inicia a Marechal Rondon

Cilindros de aço que serve como forma para concretagem dos pilares da fundação (Foto: Ricardo Ojeda)

Topógrafo verifica relevo no canteiro de obras da ponte que ligará Três Lagoas (MS) a Castilho (SP) (Foto: Ricardo Ojeda)

Pilares de sustentação da base estrutural da ponte do lado paulista, no município de Castilho (Foto: Ricardo Ojeda)

Estruturas da ponte já avançam no leito do rio

Equipamentos pesados foram transportados em balsa até o canteiro de obras: ao fundo bate estaca perfura o solo sub-aquático (Foto: Ricardo Ojeda)

Armação de ferro é preparado no local da obra para concretagem dos pilares (Foto: Ricardo Ojeda)

Miltom Marinho, chefe do Dnit da região do Bolsão fiscaliza obras da via de acesso à ponte do lado paulista, no município de Castilho (Foto: Ricardo Ojeda)

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