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sábado, 13 de setembro de 2025

Bancos ainda temem candidatura de Lula

25/09/2002 14h44 – Atualizado em 25/09/2002 14h44

O economista-chefe do Itaú, Tomás Málagan, disse hoje que o setor financeiro ainda teme uma possível vitória do candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, no processo eleitoral de 2002. Segundo ele, o candidato ainda representa muitas incertezas não só para os bancos como para toda a economia do país.

“Lula significa uma mudança de governo. Com ele, as incertezas serão maiores,” disse.

Málagan, que participou do ciclo de debates com os presidenciáveis promovido hoje pelo grupo Estado, afirmou que parte da oscilação do câmbio pode ser explicada pelo temor que existe em relação ao resultado das eleições.

No lado contrário, o vice-presidente-executivo do banco Santander, Miguel Jorge, não acredita que o fechamento recorde do dólar nos últimos dias seja responsabilidade do avanço da candidatura de Lula nas pesquisas de intenção de votos.

Na opinião dele, a oscilação da moeda norte-americana é resultado do vencimento das dívidas públicas do governo e das incertezas existentes sobre as contas correntes do país.

Jorge não quis arriscar um palpite sobre o valor que o dólar alcançará no final do processo eleitoral. Já Málagan disse que, independentemente do candidato que vencer as eleições, a cotação da moeda norte-americana deverá cair assim que for definida a nova equipe econômica do governo. Segundo ele, o dólar cederá do patamar atual mas não chegará aos valores do início do ano, que ficavam em torno de R$ 2,30 nos primeiros dias de janeiro.

“Entre todos os candidatos com mais chances de vencer as eleições, Lula é o que oferece mais desconforto para o mercado, mas, mesmo que seja ele o vencedor, o dólar deverá cair logo depois”, afirmou.

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