25/09/2002 19h20 – Atualizado em 25/09/2002 19h20
É deprimente e vergonhosa, a remuneração que o prefeito Ailton Pinheiro, paga para cada membro do Conselho Tutelar, na cidade de Bataguassu. Enquanto em Três Lagoas o prefeito Issam Fares, remunera seus Conselheiros com R$ 500 quinhentos reais, e Brasilândia R$ 650 reais, os conselheiros de Bataguassu, recebem somente, R$ l49,79 – (cento e quarenta e nove reais e setenta e nove centavos), como vencimento mensal. Realmente é vergonhoso, um salário deste para um Conselheiro Tutelar, eleito legalmente pelo voto popular como a lei determina, portanto, pessoas investidas pelo poder que emana do povo, assim como o próprio Prefeito Ailton Pinheiro, que não leva a sério suas responsabilidades em administrar com responsabilidade os destinos do município, deixando ruas e avenidas esburacadas, suja com lixo espalhados pelos cantos.
Caso o prefeito fosse um político compromissado com a população, direcionava uma remuneração justa aos trabalhos dos Conselheiros, pois estão trabalhando para uma sociedade mais justa, e quem vai ganhar com isso, sem dúvida é a comunidade de Bataguassu, portanto isso é mais um descaso do chefe do executivo.
A função do Conselheiro Tutelar, exige muita responsabilidade, visto resguardar os direitos das crianças e adolescentes, além de orientar pais de famílias, com problemas de relacionamento.
A lei e o regimento interno, determina que dois conselheiros ficam de plantão todas as noites, finais de semana e feriados, com dedicação exclusiva.
O Conselho Tutelar de Bataguassu, atende em média, três a quatro ocorrências por dia. Inclusive, milhares de panfletos estão sendo distribuídos na cidade com o seguinte comentário: “não é digna uma pessoa receber um valor de R$ l49,79 reais, por mês, para atender diariamente ocorrências de grande cumplicidade, envolvendo criança e adolescente, que tem os seus direitos violados constantemente. Este é o valor que um representado que se julga tão digno como o prefeito Bataguassu, dá a suas crianças e a seus adolescentes, além de afrontar, com esse valor os Conselheiros. Ora, nem é preciso dizer que beira ao ridículo uma pessoa com tamanha responsabilidade nas mãos, ficar preocupado como sustentar seus próprios filhos com o valor de salário estipulado pelo município”.