25.1 C
Três Lagoas
quinta-feira, 24 de julho de 2025

Grupo do Iraque ligado à Al Qaeda está no fim, afirmam curdos

25/09/2002 11h07 – Atualizado em 25/09/2002 11h07

Um grupo militante islâmico no norte do Iraque acusado de ter ligação com a rede Al Qaeda (a rede terrorista patrocinada pelo terrorista Osama Bin Laden) está perto do colapso depois da recente prisão do seu líder, disse hoje uma facção curda iraquiana.

A União Patriótica do Curdistão (PUK), que controla a metade oriental da região que saiu do controle de Bagdá desde o final da Guerra do Golfo (1991), disse que combatentes do Ansar al-Islam (Apoiadores do Islã) começaram a se render após a prisão de seu líder, o mulá Krekar.

“Houve um colapso interno total desde a prisão do líder”, disse uma autoridade da PUK, falando por telefone de Damasco, na Síria. “Houve mais cinco presos ontem”, disse.

A polícia holandesa disse neste mês que prendeu o mulá Krekar, cujo nome real é Najmuddin Faraj Ahmad, e um refugiado curdo iraquiano que lidera o Ansar al-Islam. Autoridades da PUK acusam o grupo de ter ligações com a rede Al Qaeda, acusada por Washington pelos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Os Estados Unidos dizem acreditar que a Al Qaeda tenha presença no norte do Iraque.

Segundo a PUK, o Ansar al-Islam tem apoio do Iraque e estabeleceu um laboratório no norte do país para desenvolver veneno para atividades “terroristas” e tentativas de assassinar o chefe do governo local, em abril.

O Iraque nega as acusações com veemência, afirmando que a região norte não está sob controle de Bagdá. Também nega que o grupo tenha ligações com a Al Qaeda e acusa o Irã de apoiar o Ansar al-Islam.

“Esperamos que todos os árabes desistam, e há contatos agora para a rendição dos líderes, que vieram do Afeganistão”, disse a autoridade do grupo curdo.

O Ansar al-Islam é acusado de promover massacres em aldeias perto da fronteira com o Irã, tentando impor a lei islâmica.

Combatentes da PUK cercaram as posições do Ansar al-Islam, mas evitaram confronto direto.

“O importante é que queremos que os árabes afegãos saiam. O que eles estão fazendo, cortando mãos e cabeças, é estranho para os curdos. Eles aprenderam isso da Argélia e trouxeram para cá”, disse a autoridade.

Os grupos curdos, peças importantes na oposição iraquiana que Washington tenta unir para um possível ataque contra Saddam, concordaram neste mês em encerrar suas rivalidades sobre comércio na fronteira e outras disputas, e ajudar nos esforços para derrubar o presidente do Iraque.

Fonte: Folha Online

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.