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quinta-feira, 8 de maio de 2025

Associação de criadores vai difundir as vantagens do búfalo

01/10/2002 12h17 – Atualizado em 01/10/2002 12h17

Apresentando uma rentabilidade 21% superior a do bovino, o búfalo acumula vantagens a campo e também na mesa do consumidor, oferecendo carne com teor de colesterol 40% menor, inclusive que a do frango, garantem seus criadores. Para fortalecer e estimular a atividade que hoje soma em torno de 200 criadores em Mato Grosso do Sul e um rebanho aproximado de 20 mil cabeças, foi implantada na sexta-feira passada, a Associação de Criadores de Búfalo de Mato Grosso Sul, cujo estatuto foi aprovado na ocasião e a diretoria empossada.

O presidente da Associação, Antônio Rosário Migliorini, afirma que os principais objetivos da entidade são a promoção da atividade, através de ações que já estão sendo encaminhadas como a criação do animal precoce, o baby búfalo, que será abatido entre os 18 e 24 meses. “Vamos fazer levantamento em todo o Estado e saber quantos animais precoces poderemos aprontar”, afirma.

A intenção é aumentar o poder de negociação com os frigoríficos que em locais já organizados remuneram o búfalo macho ao preço de macho bovino enquanto em Mato Grosso do Sul e outros estados em que articulação ainda é frágil o búfalo é remunerado a preço de fêmeas.

A troca de informações entre os associados também deve ocorrer de maneira diferenciadas em encontros de passeio, de forma que alie o intercâmbio de informações , relacionadas à assuntos como inseminação e industrialização de derivados, ao turismo rural. A associação também pretende apresentar um lote de fêmeas e um macho em leilão via televisão para divulgar a atividade e proporcionar matrizes aos interessados em iniciar ou incrementar a atividade.

Vantagens – Dentre as vantagens que o búfalo proporciona ao produtor, segundo Migliorini, a principal é lucratividade, considerando que o custo de produção é em torno de 20% menor que o de bovinos. “Com o mesmo tanto de alimento se produz mais proteína”, explica o presidente da associação. Enquanto o bovino holandês, por exemplo, precisa de 13 quilos de alimento para engorda de um quilo de peso vivo, enquanto o búfalo necessita só de nove.

No aspecto reprodutivo o búfalo também leva vantagens com vida reprodutiva chegando a mais de 20 anos enquanto o bovino chega aos 10, em média. O índice de fertilidade é de 85% enquanto para bovinos está em uma média de 67%. O rendimento de carcaça é 2% menor, mas por outro lado a mortalidade entre bovinos é 60% maior que entra búfalos que, por serem mais rústicos resistem mais às condições adversas e epidemias. Essa mesma rusticidade também significa economia com pastagens e conservação ecológica, já que não é necessário fazer substituições de vegetação.

Ao consumidor as vantagens estão na redução de colesterol, uma diferença de 40% até para o frango e peru, segundo estudos desenvolvidos pela Universidade Federal do Pará. “Temos pelo menos 50% da população, que sofre de problemas de colesterol ou obesidade como público potencial”, ressalta Migliorini. Ele afirma, porém, que é preciso maior conscientização em relação a esse diferencial para que todo o produto não seja destinado ao mercado externo, que já demonstra interesse em se abastecer como o produto, como é o cado dos EUA (Estados Unidos).

Fonte: MS Notícias

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