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quinta-feira, 8 de maio de 2025

Encarcerados do 1º DP de Dourados sofrem com calor

02/10/2002 09h42 – Atualizado em 02/10/2002 09h42

Os 42 presos do 1º Distrito Policial de Dourados estão sofrendo com o calor e a falta de estrutura do local. Atualmente, o 1o DP abriga seis mulheres e 36 homens em celas que medem 3×4 metros e que foram projetadas para apenas quatro pessoas. Os presos estão ocupando espaços até no corredor. No local falta ventilação, materiais de necessidades básicas e o mau cheiro toma conta do ambiente.

O delegado Gilberto Pereira da Silva disse que a situação está crítica e que o problema maior é com a higiene dos encarcerados. “O calor e a falta de ventilação são agravantes. Tem dia que a gente têm que tirar as mulheres, colocar em outro setor, para que os homens possam tomar banho e fazer as necessidades básicas. Existe apenas um banheiro para cada cela”, diz o delegado.

Gilberto informou que a Polícia Civil já fez tudo que estava ao alcance, mas até o momento não recebeu nenhuma posição da Secretaria de Segurança Pública. “O pessoal de cima já está ciente da situação, que é muito crítica, o espaço físico é mínimo e sem estrutura nenhuma. O espaço físico é completamente inadequado para abrigar os presos”, explicou o delegado.

O detento Hermes Fernandes, 45, que está preso por homicídio, disse que não podem receber visitas, não há banho de sol e reclama da existência de pulgas e piolhos no local. “Todo mundo aqui está com coceira. Aqui não tem vaso sanitário, estamos comendo comida azeda e urinando em garrafas plásticas. Nossa situação está desumana. Hoje pela manhã passei mau e sofri com falta de ar”, relatou o detento.

Hermes disse que eles estão incomunicáveis. “Nossos familiares não sabem como estamos porque não podem ter acesso. Outro problema é que tem detentos que já estão condenados e deveriam estar no presídio de segurança máxima, mas continuam sendo mantidos no 1º DP”, reclama.

O detento disse ainda que “o secretário de segurança pública prometeu que iria trabalhar para resolver o problema, mas até o momento a situação só piorou”.

Fonte:O Progresso

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