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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Fazendeiro diz que país precisa de mais patriotismo

02/10/2002 16h32 – Atualizado em 02/10/2002 16h32

José Freire Brasilino, de 59 anos, é casado há 36 anos com dona Anita e tem três filhos.

Ele é militar da reserva, tem uma fazenda no município de Paraibano, no Maranhão, e costuma passar longos períodos em Recife, capital pernambucana.

No apartamento do Recife, José Brasilino juntou grande parte da família Brasilino para a entrevista. Um dos primos achou até que fosse uma festa surpresa e levou uma sanfona.

Dos três filhos de José Brasilino, a filha mais velha, Shirley, ficou sem o sobrenome da família.

Orgulho do sobrenome

“Acho que meu pai tinha tomado umas doses a mais quando foi me registrar, e se esqueceu do sobrenome”, diz Shirley rindo.

“A família inteira tem grande orgulho do sobrenome”, afirma dona Anita.

“O Brasil é um país bom, mas de vez em quando a gente precisa ser sacudido pelo patriotismo como foi no pentacampeonato, para a gente ter mais orgulho desse país”, diz José Brasilino.

“A gente vê tanta desigualdade, tanta falta de patriotismo, que a gente às vezes fica meio balançado. A gente fica quase sem acreditar no futuro desse país.”

“Fiquei 33 anos no Exército e vi o patriotismo de perto”, lembra José Brasilino.

“A gente observa que o brasileiro esqueceu o que é patriotismo. A gente não vê mais nas escolas o pessoal cantando o hino nacional. No meu tempo, a letra do hino vinha nos cadernos.”

“Por isso que a pessoa não dá mais valor à vida. Uma pessoa mata a outra por causa de um tênis caro. Então, o que é preciso é que essas desigualdades sejam corrigidas e que o patriotismo seja explorado.”

Apesar do pessimismo, José Brasilino ainda tem esperanças no futuro.

“O Brasil ainda é um pais muito bom de se viver. Talvez nem mesmo meus filhos vejam um país completo. Vai ficar para nossos netos, mas continuo confiando no Brasil como um país excelente para se morar”, completa o fazendeiro.

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