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sexta-feira, 9 de maio de 2025

Índios incendeiam fazenda e provocam desastre ambiental em Antonio João

03/10/2002 10h30 – Atualizado em 03/10/2002 10h30

Quase 200 hectares de reserva florestal e pastos foram destruídos no final de semana em Antônio João, num incêndio considerado criminoso, provocado por índios guarani-kaiowá que invadiram há quatro anos a Fazenda Fronteira.

O fogo foi ateado na área da fazenda Morro Alto e em poucas horas tomou conta das invernadas de outras propriedades. A ação dos índios, que se repete todos os anos nos períodos de seca, teve por objetivo encurralar o gado num capão de mato para facilitar o abate, segundo os peões das fazendas.

Entretanto, por causa da falta de chuvas, o fogo se alastrou rapidamente e avançou mato adentro, matando reses e provocando destruição ambiental ainda incalculável.

Ao perceberem o avanço das chamas, os índios fugiram do local e funcionários das fazendas tiveram muito trabalho para dominar o fogo e evitar uma tragédia ainda maior, que colocaria em risco os próprios silvícolas. Até ontem o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) não havia enviado técnicos às propriedades atingidas para fazer um levantamento do estrago. Como os índios são tutelados da União e, por isso, considerados inimputáveis, não respondem pelo crime ambiental que provocam.

Só na encosta da Morro Alto foram destruídos cerca de 120 hectares de pastos destinados a engorda de bovinos de corte. A boiada estourou, destruiu cercas e vários animais ficaram machucados, comprometendo os animais. Os produtores acreditam que só na fazenda o prejuízo se aproxima dos R$ 15,5 mil, sem contar os gastos e o fato do proprietário ter sido obrigado a se desfazer do gado antes da data apropriada para abate.

Durante a confusão, os índios aproveitaram para atacar o gado com armas de fogo e facas, quando os animais ficaram encurralados pelo fogo. Três reses foram encontradas feridas após a fuga dos índios. MEIO AMBIENTE Os prejuízos materiais para os produtores ainda estão sendo calculados, mas há um que não será reparado tão cedo.

Apesar do zelo para a que fazenda Morro Alto mantenha os índices positivos de aproveitamento, o incêndio acabou destruindo boa parte da fauna e da flora da região, cujo tempo de recuperação é de longo prazo e só poderão ser avaliados pelo Ibama.

Fonte: Diário MS

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