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sábado, 10 de maio de 2025

MS tem 2.428 pessoas infectadas com HIV

03/10/2002 14h44 – Atualizado em 03/10/2002 14h44

A coordenação estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST/Aids, da Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou os novos números de casos de Aids em Mato Grosso do Sul: de 1.984 até julho/2.002 foram detectados 2.428 casos.

Segundo a médica infectologista da coordenação estadual, Gisele Maria Brandão de Freitas, do total 1.682 são em homens e 746 casos são em mulheres. “A faixa etária predominante é dos 13 a 49 anos, onde foram detectados 2.192 casos. Na categoria heterossexual masculina temos 549 casos e mulheres heterossexuais somam 453 casos. A segunda categoria mais atingida é a dos usuários de drogas injetáveis, com 519 casos sendo 402 em homens e 117 em mulheres”, explica Gisele.

Os novos números também apontam 75 crianças infectadas: 73 foram por transmissão materno-infantil e duas hemofílicas (contraíram o vírus por transfusão sanguínea).

Na faixa etária entre 13 e 24 anos existem 352 casos de Aids: 202 em homens e 150 em mulheres, mostrando a vulnerabilidade de jovens e adolescentes quanto às DST/HIV/Aids.

A categoria terceira idade aparece neste novo boletim epidemiológico. Com os avanços na área de saúde, houve uma melhora na qualidade de vida da população da terceira idade, o que despertou a sexualidade, fazendo com que este grupo da população esteja igualmente exposta ao risco de contrair HIV. Em Mato Grosso do Sul, 49 casos foram detectados em pessoas na terceira idade: 37 homens e 12 mulheres.

Somente no primeiro semestre deste ano morreram 16 adultos com Aids, contudo, é possível notar que desde o início da epidemia, a letalidade vem decrescendo. Com a adoção da terapia antiretroverial (o famoso coquetel) e os avanços medicamentosos, a sobrevida das pessoas contaminadas aumentou muito. “Antes tínhamos 100% de letalidade e hoje não passa dos 28,1%. Dos 2.428 casos, 1.175 foram a óbito”. Incidência – Em Campo Grande estão 1.440 casos; em Corumbá, 151; em Dourados, 162; em Ponta Porã, 63 e em Três Lagoas, 161. A médica infectologista explica que isto não representa que a maior incidência esteja nestes municípios. “No primeiro semestre de 2002, os municípios que apresentaram maior número de incidência foram Chapadão do Sul, com 15,8 para 100 mil habitantes; Terenos, com 8,3 para 100 mil/hab; Bataguassu, com 5,8 para 100mil/hab. – Campo Grande apresenta 5,05 para 100 mil/hab”, esclarece Gisele.

De acordo com o boletim epidemiológico, todos os municípios sul-mato-grossenses apresentam pelo menos um caso de Aids, razão pela qual é essencial o fortalecimento das ações preventivas. “Não existe mais grupo de risco. Estamos todos vulneráveis a infecção pelo HIV/Aids, havendo a necessidade de conscientização do uso regular de preservativos durante as relações sexuais. Deve-se ter cuidado também em não compartilhar seringas, agulhas ou materiais cortantes (alicate de cutícula, navalhas, etc), prevenindo não somente a infecção pelo HIV como a exposição ao vírus das hepatites”, conclui.

Fonte: RMT ONLINE

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