01/11/2002 14h49 – Atualizado em 01/11/2002 14h49
SÃO PAULO – Para o PT, o governo esperou passar a eleição para aumentar a gasolina e o óleo diesel. A afirmação foi feita há pouco pelo secretário-geral do PT, Luiz Dulci. Ele disse que o reajuste reflete a política econômica realizada no atual governo.
- Perguntaram se consideramos que o atual governo deixou passar as eleições para tomar tal decisão. Sim, consideramos – afirmou.
Segundo Dulci, na reunião de hoje entre Luiz Inácio Lula da Silva e representantes políticos dos 12 partidos que apoiaram a candidatura petista, o presidente eleito disse aos aliados que os recursos orçamentários são limitados e que outras fontes deverão ser utilizadas no esforço da retomada do crescimento econômico.
Lula citou como exemplos o BNDES e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Segundo ele, não se discutiu no encontro formas de empréstimo. O secretário-geral afirmou ainda que Lula defendeu na reunião as parcerias com a iniciativa privada e a busca de recursos em agências internacionais para que sejam cumpridos os compromissos na área social.
- O presidente eleito disse que, além dos recursos orçamentários que são aquém do necessário pela circunstância da crise financeira, deveremos contar com recursos não orçamentários e buscar parcerias para começar a cumprir os compromissos sociais – declarou.
Sobre o reajuste do salário mínimo, Dulci ressaltou que deverá ser o “melhor possível” em 2003, recusando-se, no entanto, a falar em valores. Ele lembrou que o governo Lula irá trabalhar no ano que vem com um orçamento elaborado pela atual gestão e ressaltou que o compromisso do presidente eleito é dobrar o valor do poder aquisitivo real do salário mínimo ao final de quatro anos de mandato.
- Isso, portanto, será feito por etapas. O salário mínimo em 2003 deverá ser o melhor possível à luz dos estudos técnicos que estão sendo feitos. Ele (Lula) considera R$ 211, R$ 250 até R$ 300 como sendo menos do que o necessário. Mas o nosso compromisso é dobrar o poder aquisitivo real em quatro anos e deve ser decidido nas condições atuais. O que não for feito no ano que vem será feito ao longo do governo, nas etapas posteriores de reajuste do salário – afirmou.
Fonte: GloboNews.com