06/11/2002 19h11 – Atualizado em 06/11/2002 19h11
Funcionamento não tem data prevista pois faltam energia elétrica e estrada de acesso
As obras do terminal portuário em Bataguassu já foram encerradas e até semana que vem ele será entregue ao Estado. Ainda não há data para início de operação, pois não há energia no local nem estrada de acesso.
Construído com verbas de compensação ambiental, o porto terá capacidade de transportar 14 mil toneladas de grãos.
Localizado no rio Pardo, no km 06 da MS 395, que liga Três Lagoas a Brasilândia, o terminal foi construído em tempo recorde. “Começamos em abril e a obra durou sete meses. O previsto era entregarmos em janeiro de 2003”, conta a engenheira responsável Sany Regina Martins.
A obra foi uma reivindicação do ex-prefeito de Bataguassu, Antônio Machado de Souza, que mostrou a viabilidade do projeto naquela região. O recurso veio da verba compensatória da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), por conta dos prejuízos causados com a formação do lago da usina Sérgio Motta, em Porto Primavera, sendo liberados R$ 6,8 milhões ao Governo do Estado.
A entrega será feita para a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos do Mato Grosso do Sul) de Campo Grande, só depois ela determinará quem cuidará do porto.
FUNCIONAMENTO
Mesmo com toda a estrutura pronta e preparada para fazer os transportes ainda não há data prevista para o funcionamento, pois o Estado além de se encarregar de construir a estrada, o que não foi feito, teria de colocar energia elétrica dentro do porto.
Segundo Sany, o problema de energia se estendeu por todo período de construção: “trabalhamos os sete meses com o gerador da Egelte, empreiteira contratada para a obra”.
Como se não bastasse a falta de energia, a empreiteira sofreu com a não existência de uma estrada de acesso: “improvisamos uma passagem para que as máquinas chegassem até o local”, enfatiza Sany.
Se o problema de acesso da rodovia até o terminal não for resolvido, os veículos terão dificuldades em chegar ao local, pois se trata de uma região de atoleiro.
ESTRUTURA
Para preparar o solo e construir o armazém foram necessários 40 mil metros cúbicos de terra vermelha para fazer a compactação.
Os trabalhadores fizeram turnos de oito horas e o canteiro de obras trabalhou 24 horas.
O armazém tem cerca de 3 mil metros quadrados e terá capacidade de embarcar 200 toneladas hora.
“O porto trabalhará inicialmente com grãos, mas há previsão de que ele possa embarcar combustíveis”, diz a engenheira da obra.