06/11/2002 09h43 – Atualizado em 06/11/2002 09h43
Os líderes do MST decidirão hoje se aprovam a proposta de conceder uma trégua nas invasões de terra durante o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Desde segunda-feira, a coordenação do MST está reunida no assentamento Normandia, em Caruaru. Segundo Jaime Amorim, coordenador do movimento em Pernambuco e integrante da direção nacional, já existe um plano de ocupações pronto para ser iniciado em janeiro, mas o movimento pode dar um crédito de confiança ao novo governo.
- Vamos mudar a forma de agir, porque acreditamos que vai ser possível negociar com o governo do PT. Acreditamos que ele vai buscar instrumentos para fazer a reforma agrária – afirmou Amorim. Durante a primeira reunião do movimento, os líderes já indicaram as primeiras reivindicações ao futuro governo. O MST quer a desapropriação imediata das terras onde se encontram acampadas hoje cem mil famílias (cerca de 500 mil pessoas).
O movimento também vai pedir a Lula que revogue a medida provisória 2.109/50, de 27 de março de 2001, que estabelece que imóveis invadidos só podem ser vistoriados após dois anos da desocupação. A extinção dessa medida provisória é uma das reivindicações das quais o MST disse não abrir mão. Para anunciar as decisões tomadas, os líderes do movimento se pronunciam hoje, às 11horas, na secretaria estadual do MST, no bairro de Vassoural.
Fonte: Dourados News