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sábado, 13 de dezembro de 2025

Soja geneticamente melhorada já chega a 95% no RS

07/11/2002 21h10 – Atualizado em 07/11/2002 21h10

Em entrevista ao CIB – Conselho de Informações sobre Biotecnologia, Antonio Sartori, diretor analista da corretora Brasoja, sediada em Porto Alegre (RS), defensor da liberação dos cultivos geneticamente melhorados no Brasil, afirma que 95% da soja gaúcha é transgênica, apesar de o seu cultivo ser ilegal. “Este ano, a estimativa é de que nesta lavoura de verão mais de 60% da área plantada seja transgênica. Mas eu diria que o alcance é de 95%”, afirma.

“Se o produtor corre o risco de ser processado, de ter sua lavoura confiscada e, mesmo assim, planta o produto de forma ilegal, é porque ele sabe que o ganho é grande e que a competitividade da soja transgênica é maior. Trata-se de uma lavoura limpa, com menos trabalho e menos uso e custos com herbicidas, consequentemente, com maior produtividade”, afirma Sartori, ressaltando que as variedades usadas são provenientes da Argentina e não exatamente ideais para o cultivo no Brasil. Sartori lembra que, com a legalização, haverá variedades adaptadas às condições de solo e clima brasileiros, de preço mais baixo que as argentinas.

Sartori cita, na entrevista, uma pesquisa feita ano passado pela cooperativa Cotrijal, com 38 produtores no Centro Oeste americano, que mostrou que a produtividade da soja tolerante a herbicida é, na média, “quatro sacos e meio maior por hectare do que a convencional. Aliado a um menor uso de herbicidas, mesmo com a semente mais cara, a vantagem é de US$ 73,70 por hectare”.

“Defendo a legalização, de forma que o produtor possa plantar o que deseja e o consumidor, comprar o que preferir. Nesse contexto, defendemos a rotulagem, que valoriza cada tipo de produto, seja geneticamente modificado, convencional ou orgânico”, afirmou.

A íntegra da entrevista está disponível na página do CIB na Internet, no endereço http://www.cib.org.br/entrevista.php?ID=13

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