08/11/2002 17h44 – Atualizado em 08/11/2002 17h44
Embora não tenha sustentado a cotação mínima do dia, diante da demanda que ainda existe por parte sobretudo de empresas endividadas e importadores, o dólar fechou nesta sexta-feira com desvalorização de 1,39%, acumulando na semana um recuou de 1,52%, vendido a R$ 3,545 e comprado a R$ 3,535.
As cotações podem sofrer alterações até as 17h, quando se encerram os negócios no pregão eletrônico.
O risco Brasil também cedeu e recuou 2,69%, para 1.732 pontos, ante a alta de 0,65% dos principais títulos da dívida brasileira, os C-Bond, cotados há pouco a 58,5% do valor de face. Quanto melhor o preço desses papéis, menor o risco do país.
Operadores destacaram ainda que, após alguns dias de volume minguado, esta sexta-feira registrou bom volume de negócios. “”Depois de uma semana com todo mundo rezando para o telefone tocar, é bom trabalhar bastante hoje”, disse Mario Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação.
O movimento do dia serviu para provar duas coisas. A primeira, que a tendência do dólar realmente é de baixa e, mesmo que a confiança do mercado tenha se abalado com o mal-entendido sobre a dívida Prefeitura de São Paulo, na quarta-feira, ela não ruiu. Hoje os ativos brasileiros retomaram o nível em que operavam antes da polêmica.
A segunda é que a moeda realmente estabeleceu um patamar-base de R$ 3,50 e vai continuar operando em torno dele enquanto uma notícia de peso, especialmente no cenário político, não romper esse ciclo. Toda vez que o dólar se aproxima desse preço, aparecem compradores – como ocorreu hoje.
Fonte: Folha de São Paulo




