20/11/2002 16h03 – Atualizado em 20/11/2002 16h03
Para Andrea Ruggeri, presidente do Centro da Emigração Italiana CEI (São Paulo/SP), estes encontros demonstram o interesse e o apoio que a Itália pode realmente proporcionar ao Brasil, enxergando as possibilidades de aumentar o agronegócio entre os dois paises. “Mesmo assim, é preciso relevar que ainda há muito trabalho, principalmente qualitativo e muita, muita comunicação a ser gasta”, afirma.
Segundo Ruggeri, o governo italiano está consciente que o parceiro ideal na América Latina, também por ser um dos maiores do mundo, é o Brasil. No próximo dia 21/11, o Centro da Emigração Italiana CEI organiza o 2º Encontro de Empreendedores de Origem Italiana, em São Paulo em evento paralelo à CIBUS, maior feira de agroalimentos da Itália em sua primeira versão fora da Grande Bota. A intenção do encontro é evoluir negócios bilaterais e abrir perspectivas de acordos comerciais, partindo de ações isoladas ou conjuntas da comunidade italiana residente no Brasil. Além do agronegócio, setores estratégicos como telecomunicações e energia fazem parte da pauta do encontro.
A preocupação dos empresários italianos quanto ao desempenho de negócios na agropecuária brasileira vai além das transações de commodities. “Particularmente o café, que teve uma sensível diminuição em valores na exportação para a Itália, que pode ter uma evolução sensível se houver novos investimentos em qualidade ligada a produtividade. Café famosos como a do Caffé Sant´Eustachio de Roma e do Caffé Florian de Veneza, por exemplo, priorizam a base brasileira nas misceles”, explica Ruggeri que avalia como certa a intenção de empresas italianas “exportarem” suas marcas a partir de produtos manufaturados em projetos que envolvam os dois países. “A qualidade do produto é a base da pesquisa destas empresas, espelhos para o gosto dos paladares italianos”, ressalta.
Fonte: Contatocom
