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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Aumentos até o próximo mês

21/11/2002 16h01 – Atualizado em 21/11/2002 16h01

As remarcações de preços nas gôndolas dos supermercados, embora com menor intensidade do que nas últimas semanas, devem continuar ocorrendo pelo menos até o início do próximo mês. As redes de supermercados informam que ainda há insistência generalizada da indústria por aumentos e altas represadas.

“Mais uns 15 dias e acredito que o clima de pressão dê uma esfriada”, diz o diretor comercial do Pão de Açúcar, Hugo Bethlem. Como exemplos de produtos que podem registrar altas ele cita café, massas e biscoitos. Nas outras linhas, diz, os repasses já foram feitos. Bethlem diz que a queda do dólar, ao contrário do que esperava, não se refletiu até o momento nos preços dos produtos. “Com exceção do frango, com um recuo de 5% no leilão eletrônico, não há outra sinalização de queda”, diz.

Wilson Tanaka, presidente do Sincovaga, entidade que representa os supermercados médios e pequenos, observa que depois dos produtos básicos é a vez dos aumentos dos chamados subprodutos do açúcar, farinha, soja e outros.

Os reajustes de produtos como achocolatados, bicoitos, doces entre outros que estão incluídos neste segmento, comenta, são de 8% a 12%. “Até o fim do ano o consumidor deve sentir no bolso os repasses diluídos.”

O gerente de marketing da Bauducco, por exemplo, Paulo Cardamone queixa-se de um aumento de 95% no trigo, 101% na gordura vegetal e 140% no cacau num período de 12 meses encerrado em setembro. Ele diz que só conseguiu repassar 12% para o varejo, está com forte aperto de margem e sem espaço para aumentar mais no momento.

Fonte: Jornal da Tarde

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