21/11/2002 15h13 – Atualizado em 21/11/2002 15h13
Os fugitivos Alessandro Luiz Gomes, o “Peca” e Paulo da Silva Santos dormiram nos trilhos, por isso morreram atropelados.
A informação foi dada por Gilmar Fernandes Ferreira, o “Mazinho”, que foi preso na tarde de terça-feira (19), pela polícia de Castilho (SP). Ele confirmou à imprensa que estava junto com os outros dois foragidos.
Mazinho contou que os três compraram dois litros de bebida alcóolica em Três Lagoas e que seguiram pela linha férrea. Por volta das 3h do dia 19, no trecho próximo à cidade de Castilho-SP, eles resolveram parar para descansar em cima dos trilhos.
“Se a gente deitasse na linha daria para ouvir o trem, mas não foi o que aconteceu”, lamenta. Segundo o detento, ele foi o único que não ingeriu bebida alcoólica, e ao ouvir o barulho do trem ele pulou, mas não deu tempo de tirar os outros dois foragidos.
Após perceber que o trem havia passado por cima dos dois companheiros, Mazinho pediu para que o maquinista andasse um pouco mais para tentar tirar os corpos.
“Ele avisou que não dava e que já tinha avisado a polícia”, conta.
Segundo Mazinho, o Peca ainda estava vivo, mas ele decidiu fugir para não ser capturado.
Na tarde do mesmo dia, o foragido foi encontrado em um bar pela polícia de Castilho e foi encaminhado ao 1º Distrito Policial de Três Lagoas.
FUGA
Mazinho não quis comentar sobre a fuga dele e de mais quatro detentos do Estabelecimento Penal de Três Lagoas (EPTL). “Eu só falarei sobre isso diante do juiz”, enfatiza.
Na semana passada, cinco dos doze detentos da cela três do EPTL fugiram por um túnel de um metro e meio feito por pedaços de madeira e ferro.
O buraco dava acesso à marcenaria, parte de trás do EPTL. Após saírem da cela, eles se arrastaram pela horta até chegarem no muro de três metros.
A polícia não tem pistas sobre o paradeiro de Amaro Cícero de Souza e Wilson Lopes Júnior. Segundo Mazinho, eles se separaram logo após a fuga.




