27.7 C
Três Lagoas
quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

BC: preços sofrem document.write Chr(39)pressão pontual

27/11/2002 16h09 – Atualizado em 27/11/2002 16h09

As taxas médias de juros cobradas pelos bancos nas operações de crédito tiveram elevação em outubro em função da majoração da taxa Selic, do aumento do recolhimento do compulsório sobre depósitos à vista e da alta da taxa de juros futuros. A explicação foi dada, hoje, pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, ao divulgar relatório mensal sobre o assunto.

Lopes acredita que os preços estão sofrendo uma “pressão pontual” por força do câmbio e que, passado esse momento, voltarão a patamares “mais razoáveis”. Na sua avaliação, como o nível de atividade não está tão aquecido não há margem para referendar repasses de custos para os preços.

Em função da alta nas taxas de juros, o representante do Banco Central espera demanda mais moderada por empréstimo neste final de ano. “As taxas estão bastante elevadas”, reitera. Lopes disse que já se verifica uma queda na procura de crédito, o que para ele, é recomendável neste momento. Acrescenta que essa redução também está vinculada às compras a vista com os recursos extras do FGTS.

Segundo o relatório do Banco Central, a taxa média de juros nas operações de crédito para pessoas físicas atingiu 79,3%, ao ano, em outubro, com crescimento de 4,6 pontos percentuais, no mês, 4,4 pontos percentuais, no trimestre, 7,5 pontos percentuais, no ano, e 0,7 ponto percentual, em doze meses. Lopes informou que a taxa é a maior desde junho de 2000, quando começou o acompanhamento da série.

A taxa média geral de juros bancários, em outubro, teve incremento de 2 pontos percentuais se comparada com setembro, chegando a 45,4%, ao ano, com queda de 1,3 ponto percentual, no trimestre, 3,6 pontos percentuais, no ano, e 6,5 pontos percentuais, em doze meses. A taxa média para as empresas ficou em 23%, ao ano, com alta de 0,3 ponto percentual, no mês. Foram registradas quedas de 4,2 pontos percentuais, no trimestre, 10,4 pontos percentuais, no ano, e 11,3 pontos percentuais, em doze meses.

O cheque especial registrou taxa média de juro estável em outubro, mas continua muito alta, atingindo 158,5%, ao ano. No mês, a taxa subiu 0,1 ponto percentual e apresentou queda, no trimestre, de 0,2 ponto percentual, no ano, de 1,7 ponto percentual, e em doze meses, de 1,8 ponto percentual.

A taxa média de juros nas operações de crédito pessoal teve elevação de 3,4 pontos percentuais, em outubro, com relação ao mês anterior, chegando a 88,8%, ao ano. Também ocorreram incrementos de 6 pontos percentuais, no trimestre, e de 4,6 pontos percentuais, no ano. Em doze meses houve redução de 0,4 ponto percentual.

No financiamento de veículos a taxa média de juros cobrada pelos bancos chegou a 53%, ao ano, em outubro, com majoração de 5,6 pontos percentuais, no mês. O incremento foi de 2,6 pontos percentuais, no trimestre, de 14,8 pontos percentuais, no ano, e de 7,3 pontos percentuais, em doze meses.

A taxa média do spread bancário (custo entre a captação e o repasse dos recursos), em outubro, ficou em 31,4%, ao ano, com elevação de 1,5 ponto percentual, no mês, 2,8 pontos percentuais, no trimestre, 2,7 pontos percentuais, no ano, e 1,9 ponto percentual, em doze meses.

Para a pessoa física, a taxa média de spread atingiu 51,5%, ao ano, em outubro. Foi registrada alta de 0,9 ponto percentual, no mês, 2,3 pontos percentuais, no trimestre, 0,5 ponto percentual, no ano, e redução de 2,8 pontos percentuais, em doze meses.

O spread médio cobrado das empresas, em outubro, ficou em 17,2%, ao ano, com aumento de 1,9 ponto percentual, no mês, 3,5 pontos percentuais, no trimestre, 3,9 pontos percentuais, no ano, e 4,1 pontos percentuais, em doze meses.

Ma.Helena Antun

Fonte: Agência Brasil

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.