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domingo, 29 de junho de 2025

Jerusalém entra em estado de alerta após morte de homem-bomba

27/11/2002 13h07 – Atualizado em 27/11/2002 13h07

Dois palestinos morreram hoje nos territórios autônomos, incluindo um homem-bomba, enquanto a polícia israelense reforçava seu dispositivo de segurança em Jerusalém por causa de alertas de atentados.

Um palestino morreu hoje vítima de tiros israelenses perto da cidade autônoma de Nablus (norte da Cisjordânia), disseram fontes médicas e da segurança palestinas.

Jihad Anatur, 24, morreu no campo de refugiados de Askar quando soldados israelenses dispararam contra ele. De acordo com a tradição, Anatur estava indo de porta em porta para despertar as pessoas para a oração do Ramadã, o mês de jejum muçulmano.

Outro palestino, Raafat El Madani, 25, membro do movimento radical Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), foi detido no campo de Askar.

Um terrorista palestino morreu na manhã de hoje na explosão do seu carro-bomba na frente de um escritório de comunicação israelense-palestina na faixa de Gaza, disse um oficial da segurança palestina.

O local fica perto do terminal de transporte de Erez, entre Gaza e Israel, e se encontra desocupado no momento.

Os soldados israelenses abriram fogo contra o veículo do homem-bomba, que estava acima da velocidade permitida, e os oficiais da segurança palestina tentaram pará-lo.

As circunstâncias exatas em que a carga explodiu não foram esclarecidas até o momento, afirmou a fonte.

A FPLP reivindicou a autoria do ataque em um comunicado. “O mártir Mohannad Mahdi conduziu este ataque contra as forças sionistas no norte da faixa de Gaza”, diz o texto.

Na madrugada de hoje, dois helicópteros Apache israelenses fizeram ataques em Khan Yunes (sul da faixa de Gaza), disseram fontes palestinas da segurança e testemunhas. Dois helicópteros Apache dispararam cinco mísseis contra um bairro do oeste da cidade e causaram sérios danos a uma escola e uma casa vizinha, segundo fontes palestinas de segurança.

Um dos mísseis caiu em um campo sem explodir, afirmaram as fontes, acrescentando que, até o momento, não há registro de vítimas. O ataque israelense aconteceu depois que ativistas palestinos atiraram contra a colônia judaica vizinha de Neve Dekalim, segundo as testemunhas.

A polícia israelense está em estado de alerta em Jerusalém, devido a informações sobre possíveis atentados. Foram mobilizadas patrulhas e barreiras nas ruas da cidade.

Em 21 de novembro passado, um atentado suicida em um ônibus matou 11 passageiros e o autor do ataque em Jerusalém Ocidental.

Ontem à noite, um chefe local das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligadas ao Fatah (grupo político de Iasser Arafat), e um chefe local do Izzedin al Qassam (braço armado do grupo extremista islâmico Hamas) foram mortos por um disparo de míssil israelense no campo de refugiados de Jenin (Cisjordânia), segundo testemunhas.

Dois helicópteros Apache e um avião de combate F-16 sobrevoavam o acampamento de Jenin no momento do disparo, enquanto 20 tanques e jipes se encontravam no local, perto do setor atacado.

“Não faremos qualquer comentário sobre este caso”, disse um porta-voz do Exército israelense.

Um dirigente do Fatah advertiu imediatamente depois que “a resposta será muito violenta”. “Os israelenses nos surpreenderam e nós os surpreenderemos depois deste assassinato. A partir de agora, já não há acordo para pôr fim aos atentados suicidas contra civis israelenses”, acrescentou a fonte, que não quis ser identificada.

Fonte: rance Presse

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