28/11/2002 15h19 – Atualizado em 28/11/2002 15h19
A instabilidade do dólar assustou, mas não pegou desprevenida a maior empresa de decoração natalina do País, a Cipolatti que desde o mês passado trabalha em ritmo acelerado para enfeitar para o Natal 109 shoppings no País e quase uma dezena no Chile, Argentina, Uruguai e México.
“A cada ano procuramos depender menos de importados para produzir mais na nossa fábrica”, diz Conceição Cipolatti, que há 21 anos entrou nesse mercado e hoje comanda uma fábrica em Taboão da Serra em uma área de 22 mil m2.
Cerca de 40% dos enfeites produzidos na fábrica são feitos com matéria-prima importada e alguns itens só podem ser comprados no exterior. Mas boa parte das importações foram negociadas antes da alta do dólar e a empresa tem feito o possível para ampliar seu estoque de produtos nacionais. “Não importamos mais fitas, árvores, guirlandas, bolas e festões (ramalhetes de flores e folhagens)”, diz Conceição. Os repasses dos custos dos importados devem ser feitos aos clientes aos poucos, diz ela, que não fala em números, mas dá a entender que o negócio vai bem ao contar que este ano o faturamento deve fechar com crescimento de 5% em relação a 2001.
Além dos shoppings, este ano a empresa será a responsável pela decoração da rua Oscar Freire, nos Jardins.
A maioria dos enfeites das decorações sai da fábrica de Taboão, onde trabalham cerca de 200 funcionários fixos. No segundo semestre, a empresa chega a trabalhar com 2 mil pessoas. O custo de decoração de um shopping, explica Conceição, depende do seu porte, mas em média uma decoração interna vai de R$ 10 mil a R$ 250 mil.
Este ano mais de 10% das decorações que a empresa vai montar são de fachadas. Ela cita o Morumbi Shopping como um dos que investiram na decoração externa ao montar um teatro de soldadinhos em um palco de microlâmpadas. O Aricanduva colocou cinco milhões de microlâmpadas na fachada. O Anália Franco tem em sua entrada uma árvore de 26 m com microlâmpadas. Só em São Paulo são 44 shoppings decorados pela Cipolatti.
Fonte: Jornal da Tarde





