29/11/2002 08h52 – Atualizado em 29/11/2002 08h52
O dólar abriu esta sexta-feira em alta de 0,49%, a R$ 3,628 para venda e R$ 3,618 para compra e expectativa de pressão durante a última manhã do mês. Até agora, a moeda desvalorizou 0,5% no mês, mas no ano ainda sobe 56%.
O motivo da pressão é a formação da Ptax, a mediana da taxa do dólar compilada pelo Banco Central entre as instituições financeiras de acordo com o volume de negócios.
No último dia do mês, essa taxa é usada para o ajuste do mês seguinte na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), determinando quem ganha e quem perde, o que deve colocar o mercado numa queda-de-braço.
Já a dívida cambial de US$ 2,3 bilhões que vence na segunda-feira, também calculada de acordo com a Ptax de hoje, não preocupa: com mais duas operações ontem, o BC renovou 71,3% do vencimento. Além disso, cada vez mais analistas defendem que a liquidação da dívida, em detrimento à rolagem, é positiva para o BC, que reduz assim sua exposição cambial.
O mercado está otimista, e prevê queda do dólar a partir da tarde de hoje – a briga pela Ptax concentra-se na manhã, quando há maior volume de negócios – e na semana que vem, quando espera também conhecer os nomes da futura equipe de governo, a assumir em janeiro.
A pedra no sapato é a inflação. A FGV (Fundação Getúlio Vargas) anunciou ontem que seu IGP-M (Índice geral de Preços – Mercado) subiu em novembro alarmantes 5,19%, acima do teto de 5% das expectativas do mercado.
Fonte: Folha de São Paulo





