29/11/2002 15h20 – Atualizado em 29/11/2002 15h20
TERESINA – Presidiários recolhidos em unidades prisionais e delegacias do Piauí poderão ser liberados sem mandado judicial a partir de hoje por policiais civis e agentes penitenciários em greve no Estado. O ato, considerado radical, é a forma que os líderes dos grevistas encontraram para tentar abrir um canal de negociação com o governo do Estado. Eles também prometem fechar delegacias e penitenciárias piauienses.
A greve dos policiais civis e penitenciários do Piauí dura dez dias e ocorre, segundo o Sindicato dos Policiais Civis e Judiciários do Piauí (Sinpoljuspi), devido o atraso no pagamento dos salários dos policiais. Por conta da paralisação e de pressões da categoria é que somente na manhã desta sexta-feira os funcionários da secretaria estadual de Segurança Pública e Justiça e Cidadania receberam seus vencimentos de outubro.
document.write Chr(39)document.write Chr(39)Vamos fechar delegacias e penitenciárias e soltar presos de menor periculosidadedocument.write Chr(39)document.write Chr(39), enfatizou o presidente do Sinpoljuspi, Constantino Júnior. document.write Chr(39)document.write Chr(39)Queremos a garantia do pagamento ainda este mês dos salários de novembro, dezembro e ainda do 13º saláriodocument.write Chr(39)document.write Chr(39), complementou o sindicalista.
Se o ato dos grevistas for realmente concretizado, mais de 1.500 presos podem ser soltos e mais de 40 delegacias (controladas por policiais civis) podem ser fechadas no Piauí.
Desde o início da greve que queixas não são registradas nas delegacias do Piauí. Apenas crimes contra a vida são registrados e investigados. Os grevistas comparecem aos seus locais de trabalho, mas ficam de braços cruzados.
Para o delegado Antônio José Morais, secretário estadual de Segurança Pública (secretaria mais prejudicada com a greve), a população piauiense não pode ser penalizada pela greve. document.write Chr(39)document.write Chr(39)Esse movimento é inoportuno. Os canais de negociação sempre estiveram abertos com o governodocument.write Chr(39)document.write Chr(39), ponderou a autoridade.
O ato dos policiais não pode ser levado como brincadeira, nem como chantagem. Em agosto de 2001, durante uma greve da categoria, até presos de alta periculosidade foram liberados pelos grevistas.
Fonte: JB ONLINE
