29/11/2002 13h58 – Atualizado em 29/11/2002 13h58
CUIABÁ – Com atraso de três meses dos salários, os servidores da Câmara de Vereadores de Cuiabá resolveram impedir a realização das sessões plenárias do Legislativo. A ação foi liderada pelo presidente do Sindicato dos Servidores da Câmara, Valmir Molina. Ele sugeriu aos vereadores que estudem a possibilidade de um processo de cassação do prefeito Roberto França (PPS). O prefeito é acusado de atrasar os repasses de R$ 912 mil referentes ao duodécimo aos servidores. O último pago foi em agosto passado.
Lideranças da bancada de oposição questionam o Executivo que apresentou relatório financeiro dos últimos oitos meses revelando uma arrecadação da receita de R$ 29 milhões. O vereador Edivá Alves (PSDB), que na legislatura passada era do partido de Roberto França, avaliou como falta de vontade política, a crise entre o Legislativo e o Executivo.
´´Nós consideramos a receita apresentada, um valor significante. Mas, o prefeito não tem honrado com seus compromissos em relação ao parlamento municipal´´, disse Edivá.
Segundo ele, o líder do governo municipal vereador Ienes Magalhães (PPS) assegurou solucionar o problema, na próxima terça-feira. O presidente da Casa, João Malheiros (PPS) disse que trabalha na expectativa do prefeito conseguir assinar um empréstimo com o Banco do Brasil para obter os recursos financeiros. Molina disse que, enquanto o prefeito não fizer o repasse do duodécimo, os servidores não recuam dos protestos que ele admitiu, ser uma ameaça à votação do Orçamento Geral do Município (OGM) que tem previsão de gastos e receitas em R$ 393 milhões.
Fonte: JB Online




