03/12/2002 08h47 – Atualizado em 03/12/2002 08h47
Todas as gestantes deveriam fazer exames rotineiros para verificar a presença das bactérias estreptococos do grupo B, uma das principais causas de doença e morte entre recém-nascidos, segundo a Escola Americana de Obstetras e Ginecologistas (ACOG, na sigla em inglês).
Os estreptococos do grupo B podem provocar infecções graves em recém-nascidos, como a meningite. Os bebês podem ser contaminados durante o trabalho de parto, por isso as grávidas devem fazer exames durante as últimas semanas de gestação. As mulheres infectadas poderiam ser tratadas com antibióticos para reduzir o risco de transmissão.
“Hoje há fortes evidências para afirmar que o exame rotineiro para detectar a bactéria é o melhor método para evitar o contágio durante o parto”, informou Laura E. Riley, da ACOG, em Washington (DC).
Antigamente, a ACOG, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças e a Academia Americana de Pediatria recomendavam que os médicos adotassem o exame de cultura (colhendo amostras da vagina e do reto para verificar a presença de estreptococos) ou a análise de risco como métodos para evitar a transmissão da bactéria da mãe para o filho, segundo resultados publicados na edição de dezembro do Obstetrics & Gynecology.
A nova orientação baseia-se em uma análise recente de informações médicas que encontrou benefícios maiores em submeter todas as gestantes a exames para verificar a presença da bactéria, em vez de tratar apenas o grupo considerado sob alto risco de infecção.
“Obtivemos grande sucesso na redução da transmissão materno-infantil de doenças infecciosas nos últimos anos. Ao recomendar o exame universal de todas as gestantes para verificar a presença da bactéria, procuramos reduzir as taxas de morbidade e mortalidade perinatal nos EUA”, acrescentou Riley.
No início desse mês, a Food and Drug Administration (FDA, agência norte-americana para controle de drogas e alimentos) liberou a comercialização de um exame mais rápido para verificar a presença de estreptococo do tipo B em gestantes.
Fonte: Yahoo!





