22.1 C
Três Lagoas
terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Inseminação é alternativa viável para mulheres no início dos 40

03/12/2002 14h20 – Atualizado em 03/12/2002 14h20

A inseminação artificial é mais barata que outros tratamentos de fertilização assistida e pode funcionar para algumas mulheres com mais de 40 anos, embora a probabilidade de sucesso seja maior entre as pacientes mais jovens, indicaram pesquisadores.

No estudo, os especialistas constataram que a porcentagem de mulheres na faixa etária dos 40 aos 42 anos que engravidaram e tiveram o bebê após a inseminação artificial – também conhecida como inseminação intra-uterina (IIU) – foi semelhante à observada entre as pacientes no final dos 30 anos.

Na IIU, um cateter é inserido através do colo do útero para injetar os espermatozóides diretamente no interior do órgão. O procedimento pode ser precedido do uso de drogas que estimulam a ovulação. Como a técnica é considerada mais eficiente em mulheres jovens, as pacientes mais velhas geralmente desistem da IIU em favor de alternativas mais caras e invasivas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro.

De acordo com o estudo atual, realizado com mais de mil mulheres, a possibilidade de dar à luz a um bebê saudável permaneceu bastante constante na faixa etária dos 36 aos 42 anos. A taxa de nascidos vivos após a inseminação artificial feita em pacientes com idade entre 36 e 39 anos foi de 9,5 por cento, enquanto índice observado foi de 8,5 por cento entre as mulheres com mais de 40 anos.

Entre as voluntárias com ao menos 43 anos de idade, porém, a taxa de nascidos vivos caiu para cerca de 4 por cento, informaram os pesquisadores na edição de julho da revista Fertility and Sterility.

Entre as pacientes com menos de 25 anos, em comparação, a taxa de nascidos vivos após a inseminação artificial foi de cerca de 26,7 por cento. Esse índice ficou em 14,2 por cento para o grupo com idade entre 25 e 29 anos e em 12,5 por cento para mulheres na faixa etárias dos 30 aos 35 anos.

Uma explicação para a queda na taxa de nascidos vivos é que, entre as mulheres mais velhas, há uma propensão maior à ocorrência de aborto espontâneo. A taxa de ocorrência de gravidez permaneceu constante na faixa etária dos 30 aos 40, independentemente do uso de drogas para estimular a produção de óvulos.

Ela variou de cerca de 20 por cento por inseminação, entre as pacientes com idade entre 30 e 35 anos, para 18 por cento, entre as voluntárias com mais de 40 anos. O índice de aborto, no entanto, saltou de 36 por cento, entre as mulheres no início dos 30 anos, para 53 por cento no grupo com mais de 40, constatou a equipe de Jeffrey Haebe, da Universidade de Ottawa, no Canadá.

O estudo mostrou que, apesar de a idade avançada reduzir a probabilidade de engravidar e de ter um bebê saudável, a inseminação intra-uterina permanece uma opção viável para algumas mulheres com mais de 35 anos, concluiu a equipe.

“É razoável incluir a IIU como um possível tratamento de fertilização para os casais em que a mulher tem menos de 43 anos,” avaliaram os autores.

Os resultados do estudo, porém, podem não refletir as taxas de sucesso para as mulheres em geral. A avaliação final não incluiu as pacientes que nunca haviam sido submetidas à IIU por não produzirem óvulos maduros nem as que dispunham de muitos óvulos desenvolvidos para se submeter ao procedimento.

Fonte: Reuters

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.