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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Namorado de Suzane tenta “isentar” irmão de assassinato dos Richthofen

03/12/2002 16h27 – Atualizado em 03/12/2002 16h27

Daniel Cravinhos, namorado de Suzane von Richthofen, tentou, durante interrogatório no 1º Tribunal do Júri de São Paulo, “isentar” o irmão, Cristian, do assassinato do casal Marísia e Manfred von Richthofen, em 31 de outubro.

Daniel negou que havia planejado dividir o dinheiro roubado do casal entre ele, Suzane e o irmão. Daniel disse que o dinheiro e as jóias roubadas ficaram com Cristian porque, após o crime, ele e Suzane foram para o motel, e o irmão, para casa.

Daniel disse ainda que Cristian não queria participar do crime e só aceitou porque eles eram “muito ligados e um não abandonava o outro”. Ele disse ainda que, apesar de aceitar participar do crime, Cristian dizia que eles “seriam pegos”.

O rapaz disse ainda que, pelo fato de Suzane conviver com pessoas de nível inferior, que tinham uma “liberdade maior para sair”, ela acabou criando “birra com os pais” por causa da rigidez com que era tratada em casa.

Daniel confirmou a versão de Suzane de que, inicialmente, os pais da estudante aceitavam o namoro. Neste ano, Marísia descobriu que a filha mentiu ao dizer que dormiria na casa de uma amiga para ir ao motel com o namorado. Os pais passaram, então, a proibir o relacionamento.

Ele disse ainda que os pais da namorada agrediam verbalmente sua família e diziam que ele não trabalhava e não estudava. O rapaz afirmou à Justiça que isso “era mentira”.

Daniel disse que, certa vez, Suzane comentou que queria matar os pais e ele disse que isso “era loucura”. No entanto, com o tempo, Daniel afirmou que “a idéia foi entrando na cabeça dos dois”.

Suzane, no entanto, disse durante interrogatório, que a idéia do crime partiu de Daniel.

O rapaz afirmou também que não fabricou as armas usadas no crime, como havia afirmado a polícia. Daniel disse que apenas “separou” duas barras de ferro usadas em uma prateleira de um móvel.

Ele disse que, na casa dos Richthofen, no dia do crime, não entrou rapidamente no quarto onde o casal dormia porque Manfred “mudou de posição e parecia que ia acordar”.

Daniel disse também que Cristian, ao subir as escadas de acesso ao quarto, batia o pé com força nos degraus, na tentativa de acordar o casal. Ele disse ainda que Suzane pediu a eles que não fizessem barulho.

Em relação à toalha deixada sobre o rosto de Manfred, Daniel, que foi o responsável por agredi-lo, disse que ela não foi colocada com a intenção de causar a morte da vítima, mas como forma de “tentar fazer ele acordar”. Daniel disse que, depois, percebeu o que havia feito e que não queria ter matado Manfred.

Fonte: Folha Online

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