03/12/2002 10h48 – Atualizado em 03/12/2002 10h48
A primeira investigação realizada por um submarino no casco do petroleiro Prestige, que afundou no mar próximo à Espanha, concluiu que não estão ocorrendo mais vazamentos de óleo.
“Os primeiros dados indicam que não há óleo saindo do navio, mas só teremos certeza na quarta ou na quinta-feira”, afirmou o vice-primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.
O Prestige naufragou há duas semanas na costa noroeste do país, derramando cerca de 20 mil toneladas de óleo e causando um dos maiores desastres ambientais da história. Nos últimos dias, novas manchas têm aparecido na superfície.
Durante toda a semana, o submarino francês Nautilus vai examinar o navio, que está a uma profundidade de pouco mais de três quilômetros.
Visita real
Na segunda-feira, o rei Juan Carlos, da Espanha, visitou o litoral da província da Galícia, afetada pelo vazamento.
Depois de passar de helicóptero pela região, o rei conversou com voluntários envolvidos na operação de limpeza do local e visitou vilas de pescadores atingidas pelo vazamento de óleo.
O rei foi recebido com aplausos um dia depois que aproximadamente 200 mil pessoas realizaram protestos na cidade de Santiago de Compostela, capital da Galícia.
O governo espanhol está sendo criticado por não agir rapidamente no controle do problema, que agora atinge cerca de 550 quilômetros da costa da província.
A pesca, principal atividade econômica da região, foi suspensa.
Segundo o grupo de defesa do meio ambiente SEO Bird Life, cerca de 15 mil aves morreram ou foram seriamente afetadas pelo óleo.
O Nautilus possui um poderoso equipamento fotográfico – responsável pelas primeiras imagens feitas do Titanic no fundo do mar – e deve investigar se a tragédia ambiental poderá ser ainda maior.
O Prestige derramou cerca de 20 mil toneladas de óleo quando naufragou. Pelo menos 40 mil ainda se encontram no interior do tanque.
Fonte: BBC




