03/12/2002 13h25 – Atualizado em 03/12/2002 13h25
Soldados israelenses mataram hoje uma palestina de 95 anos que tomava um táxi para voltar para casa após realizar exames médicos na cidade de Ramalá, na Cisjordânia. De acordo com relatos, os soldados abriram fogo contra o furgão que transportava a mulher quando o veículo tentou contornar destroços colocados em uma estrada que liga o vilarejo dela, Atara, a Ramalá.
O Exército de Israel afirmou que os soldados atiraram nos pneus do veículo palestino que trafegava por uma estrada proibida ao norte e Ramalá. Os militares disseram não ter informações sobre mortos ou feridos na ação.
Os médicos disseram que a vítima, Fatima Hassan, que voltava para sua casa depois de ter comparecido a uma clínica em Ramallah, havia sido atingida por uma bala nas costas. Duas outras pessoas ficaram feridas no ataque, e uma delas está em estado grave, relataram.
“Condenamos esse crime de guerra que é o assassinato à sangue frio de uma mulher de 95 anos e esperamos que Israel assuma sua responsabilidade no incidente”, afirmou Saeb Erekat, ministro do gabinete palestino.
Desde o início do levante palestino contra a ocupação israelense, em setembro de 2000, ao menos 1.693 palestinos e 668 israelenses foram mortos.
Depois de recentes atentados a bomba contra judeus, Israel voltou a ocupar cidades da Cisjordânia e a fechar suas principais entradas, canalizando o trânsito por postos de checagem do Exército. Os palestinos consideram o bloqueio militar uma punição coletiva. O Estado judaico diz agir em legítima defesa.
O exército israelense disse ter prendido 12 palestinos na Cisjordânia. Os detidos são acusados de planejaram ou lançarem atentados suicidas contra Israel. Conforme os militares, os suspeitos foram presos em Belém, Hebron e Nablus.
Fonte: Reuters
