03/12/2002 14h48 – Atualizado em 03/12/2002 14h48
As pessoas que se consideram estressadas, ansiosas ou afetadas por outros problemas psicológicos podem estar menos aptas para combater as doenças contra as quais foram vacinadas, sugerem os resultados de um estudo.
Por esse motivo, “é importante monitorar os níveis de anticorpos após a vacinação de pessoas propensas a considerar seu nível de estresse elevado e o de bem estar psicológico baixo”, informou Victoria Burns, chefe da equipe da Universidade de Birmingham, na Inglaterra (Grã-Bretanha), à Reuters Health.
Na realidade, a percepção do estresse parece ser mais importante que o nível real de eventos altamente estressantes por que a pessoa passa, indicou o trabalho.
A equipe avaliou 60 estudantes universitários primeiranistas que haviam recebido vacina contra meningite C entre 1 mês e 16 meses antes de se inscreverem como voluntários do estudo.
A partir de amostras de sangue, os pesquisadores constataram que quase três quartos (73 por cento) dos estudantes apresentavam um nível de anticorpos que efetivamente protegia contra a doença, enquanto o restante do grupo tinha níveis menos protetores — menos anticorpos contra o patógeno -, informaram os pesquisadores na edição de novembro/dezembro da revista Psychosomatic Medicine.
Os voluntários que haviam passado pela experiência de morte de um dos pais ou outros eventos altamente estressantes não foram mais propensos a apresentar resposta imunológica baixa. No entanto, os alunos que informaram níveis elevados de percepção de estresse tiveram uma tendência maior a apresentar uma taxa inferior de anticorpos, indicou o trabalho.
Esse resultado permaneceu verdadeiro entre os estudantes que informaram não ter passado por eventos altamente estressantes.
Fonte: Yahoo!
