04/12/2002 10h40 – Atualizado em 04/12/2002 10h40
Pelo menos cinco, de cada dez pontos de revenda de carros em Mato Grosso do Sul estão irregulares. Eles funcionam sem alvará e, muitas vezes, vendem carros de procedência duvidosa. Em Campo Grande uma consumidora sentiu no bolso o resultado da falta de fiscalização nesse tipo de comércio.
Quatro anos de economia trabalhando como manicure para comprar um carro. Dinaura Félix Neves conseguiu juntar R$ 5.300,00. Ela diz que a garagem onde foi feito o negócio indicou um despachante para cuidar da documentação.
Dois anos depois quando foi ao Detran vistoriar o carro para vendê-lo a surpresa: o carro foi apreendido. No laudo da polícia consta que o veículo teve o chassi adulterado. A seqüência numérica foi transferida de um outro veículo. O número do motor também não era de fábrica.
O dono da garagem que vendeu o carro para Dinaura diz que a responsabilidade não é dele. O Detran afirma que na vistoria não houve falha e que o caso está na polícia.
A Associação dos Revendedores de Veículos de Mato Grosso do Sul denuncia: no Estado existem 350 pontos de venda de carros, pelo menos 50% são irregulares.
Mas duas perguntas ficam sem respostas: Se há tanta irregularidade, quem tem de fiscalizar? E o consumidor, é culpado por comprar em lojas irregulares ou vítima por ser enganado?
A Defurv informou que abriu inquérito pra apurar o caso de Dinaura. O delegado quer saber de onde veio o carro e quem fez a adulteração.
Fonte: TV Morena
