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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

PM está envolvido no tiroteio da festa do rei Momo

04/12/2002 10h05 – Atualizado em 04/12/2002 10h05

Um policial militar do 18º Batalhão estava envolvido no tiroteio ocorrido na noite de segunda-feira durante a festa para a escolha do rei Momo, em São Paulo. Ele aparece em foto, no tumulto, sem camisa e com uma arma na cintura. Uma pessoa ficou ferida.

Segundo o coronel Jairo Paes de Lira, responsável pelo comando de policiamento da zona norte da capital, o homem que aparece na fotografia é um soldado. Seu nome não foi divulgado porque, de acordo com o coronel, ele “ainda é um suspeito que vai ser investigado”.

O policial pode ter sido um dos autores dos dez tiros disparados durante uma briga entre torcedores corintianos e são-paulinos que interrompeu o concurso de rainha e rei Momo do Carnaval 2003, no Palácio de Convenções do Anhembi (zona norte). O estudante Marco Aurélio Lacerda, 19 anos, foi baleado de raspão.

O conflito envolveu integrantes da escola Gaviões da Fiel, uma das torcidas organizadas do Corinthians, e do bloco carnavalesco Independente, composta por são-paulinos. As agremiações fariam um show no evento.

A Polícia Civil suspeita ainda que pelo menos outro PM à paisana, ainda não identificado, tenha atirado. Um terceiro PM, este fardado mas também não identificado, foi indiciado sob acusação de ter ajudado os colegas sem farda a fugir do local. Segundo ocorrência registrada no 13º DP (Casa Verde), o policial fardado teria impedido a GCM de prender os colegas.

Ao Agora, um guarda-civil contou que este PM chegou a arrancar de suas mãos a arma que ele havia apreendido do policial à paisana. Segundo depoimentos de GCMs à polícia, convidados da festa apontaram aos guardas um grupo de sete homens como os responsáveis pelo tiroteio.

O homem fotografado pelo Agora e outro ambos com armas na cintura identificaram-se como policiais militares e recusaram-se a acompanhar os guardas. Eles e o policial fardado foram indiciados no DP por disparo de arma de fogo, lesão corporal dolosa, favorecimento pessoal e dano.

Identificação

“A foto foi preciosa para que conseguíssemos identificar o policial”, afirmou o coronel.

O caso também está sendo investigado pela Corregedoria da PM, que instaurou um Inquérito Policial Militar. Ele deverá ser concluído em 40 dias. O coronel Paes de Lira informa ainda que caberá à PM investigar somente o crime cometido pelo policial fardado, que é acusado de prevaricação (quando funcionário público deixa de cumprir sua função).

Apenas três jovens foram detidos para averiguação no tumulto. Após depoimento no DP, foram liberados.

Depois da confusão, o evento chegou a ser reiniciado. Os jurados sentaram à mesa e assistiram à apresentação do passista Criolé e da cantora Leci Brandão. O concurso de Rei Momo e Rainha foi cancelado.

Fonte: Agora São Paulo

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