05/12/2002 09h37 – Atualizado em 05/12/2002 09h37
A população residente no interior cresceu mais do que a dos municípios das capitais brasileiras entre os censos de 1991 e 2000. No interior, a taxa de crescimento registrada no período foi de 1,66%; já nas capitais, foi de 1,60%. Os números são resultado do estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na publicação Tendências Demográficas: uma análise dos resultados do universo do Censo Demográfico 2000.
O crescimento do interior ocorreu principalmente na Região Sudeste (1,89%), onde os municípios das capitais tiveram taxa de crescimento de 0,88%. Embora as capitais da região concentrem quase a metade da população total das matrópoles brasileiras, essa participação vem declinando.
Rio de Janeiro e São Paulo, conhecidas áreas de atração migratória, vêm reduzindo sua participação dentro dos Estados, o que indica um processo de saturação dos grandes centros urbanos. No entanto, o crescimento da população do interior (com áreas urbanas e rurais) não significa crescimento da população rural, que teve taxa negativa (-1,31%), entre 1991 e 2000.
Os dados mostram que a população brasileira cresceu quase dez vezes ao longo do século XX (somava 17,4 milhões em 1900), mais intensamente na segunda metade do século (2,39% ao ano), enquanto de 1900 a 1950 o ritmo de crescimento foi de 2,23% ao ano.
Em 2000, as regiões metropolitanas brasileiras e a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal reuniam, em conjunto, mais de 68 milhões de habitantes, ou seja, 40,06% da população total do país. O último censo contabilizou 22 regiões metropolitanas.
Quanto ao total dos municípios brasileiros, a maioria (66,99%) apresentou perda populacional ou taxas de crescimento negativas. Nos municípios com mais de 20 mil habitantes, as taxas de crescimento são positivas, com destaque para aqueles que têm entre 100 e 500 mil habitantes (3,03%).
Fonte: JB Online




