05/12/2002 10h22 – Atualizado em 05/12/2002 10h22
BAGDAD (CNN) – O presidente do Iraque, Saddam Hussein, declarou nesta quinta-feira, em meio aos festejos que marcam o fim do Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, que, para proteger seus cidadãos, está dando aos inspetores das Nações Unidas a oportunidade de provar que o país não possui armas de destruição em massa.
O longo pronunciamento do líder iraquiano foi divulgado no site de Internet da agência de notícias iraquiana e transmitido pela televisão estatal.
Os inspetores da ONU interromperam seus trabalhos em virtude da festa de Eid al-Fitr, que teve início nesta quinta-feira e se encerrará ao anoitecer de sexta-feira.
Saddam disse: “A base, no entanto, conforme foi explicado pela carta do Ministro das Relações Exteriores, é manter nosso povo fora do caminho do dano, em meio a uma situação internacional na qual alguns podem alegar que nós não demos a eles (os inspetores) a devida chance de resistir, com evidência concreta, às alegações norte-americanas de que o Iraque produziu armas de destruição em massa durante o período de ausência dos inspetores”.
“Por essa razão, nós lhes daremos essa chance, após a qual se o fraco continuar fraco e o covarde continuar covarde, devemos então adotar a postura que beneficie nosso povo, princípios e missão”.
Após sete dias de buscas no Iraque, incluindo vistorias em um palácio presidencial e num local onde funcionou no passado uma fábrica de armas químicas e biológicas, as equipes de inspetores relataram não ter encontrado nenhuma prova de que o país disponha de armas de destruição em massa.
Com a aproximação do prazo estipulado pela resolução 1.441 do Conselho de Segurança da ONU para que o Iraque apresente um relatório sobre seus supostos programas de armas de destruição em massa, a Casa Branca realizará nas próximas horas uma reunião ministerial para rever suas opções, declarou à CNN uma autoridade do governo norte-americano.
As Nações Unidas determinaram que o Iraque tem até 8 de dezembro para entregar sua declaração, mas Bagdad prometeu fazê-lo um dia antes.
Fonte: CNN




