06/12/2002 13h25 – Atualizado em 06/12/2002 13h25
Milhares de palestinos participaram hoje dos funerais das vítimas que morreram na madrugada passada em uma incursão do exército israelense no campo de refugiados de Al Bureij, na Faixa de Gaza. A incursão, que deixou dez mortos e mais de 20 feridos, deles cinco em estado grave, prejudicou a comemoração de Ide El Fiter, o final do mês sagrado do Ramadã.
Com os corpos nos ombros, a procissão fúnebre se transformou em uma demonstração de força nas quais as organizações nacionalistas e islâmicas palestinas expressaram sua intenção de vingança mediante cânticos e disparos ao ar. Conforme as últimas informações, entre as vítimas há seis milicianos e quatro civis, um deles uma mulher que morreu no hospital.
Fontes palestinas disseram que cinco das dez vítimas são da mesma família, que morava em uma casa de dois andares destruída por um míssel israelense. Um palestino relatou que os soldados mandaram a população sair de suas casas, mas foi impossível devido aos intensos tiroteios na rua.
A incursão, de madrugada, tinha como objetivo a demolição de duas casas de ativistas da Intifada de Al-Aqsa, um deles um suicida que no mês passado explodiu um bote-bomba contra uma patrulheira da Marinha israelense, em águas de Gaza. A outra casa pertencia a Iamam Shushniya, chefe local de um dos Comitês Populares da Intifada -dos quais se dirige a rebelião contra a ocupação militar- e a quem Israel responsabiliza por uma série de ataques a suas forças na faixa autônoma.
Na incursão, denominada pelo exército “Operações Reais”, participaram forças de infantaria da Brigada Guivati, 40 tanques e veículos blindados, escavadeiras e helicópteros “Cobra”.
Fonte: Agência EFE





