09/12/2002 15h01 – Atualizado em 09/12/2002 15h01
O Exército e os serviços secretos israelenses informaram hoje que prenderam um palestino acusado de matar um bebê israelense num dos assentamentos judeus da cidade cisjordaniana de Hebron, ano passado. O preso foi identificado como Mahmud Amer, um integrante das Brigadas da Al Aqsa, acusado pelos serviços secretos israelenses de ter assassinado a menina Shalhevet Paz, morta em março de 2001 por tiros de um franco-atirador.
De acordo com a rádio pública de Israel, os serviços secretos informaram que Amer confessou ter atirado no bebê, depois que seu superior mandou que atacasse objetivos israelenses. Fontes dos serviços secretos disseram à emissora que, Amer se posicionou nas colinas de Abu Snena – de onde é possível ver os assentamentos judeus em Hebron -, esperou algumas horas e disparou várias vezes contra Shalhevet Paz, que morreu com um tiro na cabeça. A menina estava acompanhada do pai, que foi atingido na perna.
Shalhevet Paz, que tinha 10 meses, é considerada o Mohamed Durra israelense. O menino palestino Mohamed Durra morreu nos braços de seu pai Jamal, no dia 30 de setembro, quando tinha 12 anos, durante um tiroteio no cruzamento de Netzarim, na Faixa de Gaza, e se converteu no símbolo palestino da Intifada quando as trágicas imagens de sua morte deram a volta ao mundo. Até hoje, palestinos e israelenses se acusam mutuamente pela morte de Mohamed. Há dez dias, o casal Durra teve um bebê e o batizou com o mesmo nome do outro filho assassinado.
Fonte: Agência EFE