10/12/2002 16h10 – Atualizado em 10/12/2002 16h10
A Organização Não-Governamental (Ong) Transparência Brasil divulgou hoje uma pesquisa, realizada após o segundo turno das eleições deste ano, mostrando que cerca de três milhões de eleitores receberam algum tipo de oferta de compra de voto. A maior parte destas ofertas (56%) foi feita em dinheiro; seguido de bens materias (30%), como por exemplo, remédios; e de favores administrativos (11%). Para não constranger os entrevistados, a pergunta feita referia-se à oferta e não à concretização da venda do voto.
A pesquisa mostra que as regiões onde a prática de corrupção eleitoral acontece com mais freqüência são Norte/Centro-Oeste, seguido do Nordeste. O estudo detectou também que quanto mais jovem o eleitor, mais suscetível a abordagem se torna. Curiosamente, a pesquisa realizada pela Transparência Brasil mostrou que condições sócio-econômicas, tamanho e localidades de municípios ou grau de escolaridade não influem diretamente na corrupção eleitoral.
Um estudo semelhante foi realizado após as eleições municipais de 2000, mas o diretor da Ong, Bruno Speck, afirmou que os dois levantamentos não podem ser comparados pois apresentam realidades diversas. A intenção é realizar uma nova pesquisa por Estado para aprofundar as conclusões.
Fonte: Agência Brasil





