11/12/2002 16h00 – Atualizado em 11/12/2002 16h00
A partir de quinta-feira já será possível intensificar esse trabalho. Durante a reunião, o veterinário Carlos Piva fez explanação da gravidade da situação, bem como das medidas técnicas que estão sendo tomadas. Já o major Villasanti, comandante da Companhia de Choque da Polícia Militar, disse que fará um relatório pormenorizado da situação aos seus superiores, o mesmo ocorrendo com o major Assis, do Exército brasileiro, para a colocação de mais homens e equipamentos à disposição para as barreiras. Segundo consta, aeronaves já estão sobrevoando toda a fronteira, especialmente na região de Sete Quedas, para detectar veículos que estejam transportando gado.
Além disso estão sendo mantidos os postos fixos com a presença de PMs e soldados do Exército, juntamente com fiscais do Iagro, mas a expectativa é que a partir de quinta-feira sejam ampliados o número de postos, que hoje são 22, e a fiscalização no período noturno. Carlos Piva comentou a necessidade de se aumentar o efetivo na área, medidas rigorosas de controle sanitário e até apreensões, pois, se houver restrições à carne sul-matogrossense, o prejuízo para o Estado será grande, com efeitos diretos na economia do Estado. A União Européia já suspendeu a compra de carne da região afetada e o Chile fez o mesmo, porém com toda a carne produzida no MS.
O Ministério da Agricultura pediu a reversão do embargo chileno, alegando que a medida não tinha embasamento técnico, no entanto, até o final da tarde de ontem, o Chile mantinha a posição de vetar a carne sul-matogrossense. O Iagro já vem realizando coletas de amostras em todos os municípios da fronteira e vai intensificar esse trabalho. Serão recolhidas aproximadamente 2.500 amostras em cerca de 100 propriedades para efetivamente se provar laboratorialmente a ausência da doença na parte brasileira da fronteira.
Fonte: Correio do Estado



