11/12/2002 17h00 – Atualizado em 11/12/2002 17h00
WASHINGTON (CNN) – O Governo Bush afirmou que no caso de os Estados Unidos ou seus aliados serem atacados com armas de destruição em massa Washington retaliará com força total, podendo recorrer até mesmo a seu arsenal nuclear.
Autoridades norte-americanas afirmam que essa política não é nova. No entanto, esta foi reiterada num momento em que a perspectiva de uma guerra contra o Iraque despertou temores de que o presidente Saddam Hussein lance ataques com armas químicas ou biológicas contra os Estados Unidos e seus aliados.
“Os Estados Unidos continuarão a deixar claro que se reservam o direito de responder com força total – incluindo todas as suas opções – ao uso de armas de destruição em massa contra o país, nossas forças no exterior, amigos e aliados”, afirma a declaração.
“Além de nossas capacidades de defesa e resposta convencionais e nucleares, nossa postura inibitória a ameaças com armas de destruição em massa é reforçada pelos serviços de inteligência, vigilância, e interdição e as capacidades de policiamento doméstico”, acrescenta a nota.
Uma fonte oficial disse que o governo divulgará essa declaração de estratégia na quarta-feira, no Capitólio, como parte dos esforços pós-11 de setembro de 2001 para lidar com ameaças de terroristas e países hostis.
O documento de seis páginas, intitulado “Estratégia Nacional para Combater Armas de Destruição em Massa”, é um relatório conjunto da Assessora de Segurança Nacional, Condoleezza Rice, e do chefe do Departamento de Segurança Interna, Tom Ridge.
O documento não nomeia o Iraque ou qualquer outro país, mas afirma que algumas nações que apóiam o terrorismo já possuem armas de destruição em massa.
“Para eles, essas não são armas de último recurso, mas uma opção militarmente útil para enfrentar nossa superioridade em arsenais convencionais e nos impedir de responder à agressão contra nossos amigos e aliados em regiões de vital interesse”, acrescenta a declaração.
A estratégia compreende três “pilares”: contraproliferação, que inclui inibição com ameaça de uso de armas nucleares; não-proliferação, que incentiva o controle e a redução de arsenais; e gerenciamento de conseqüências, que busca preparar os Estados Unidos para o evento de um ataque com armas de destruição em massa.
A mais recente declaração dessa política norte-americana foi divulgada em 1993, mas não incluía uma ênfase na não-proliferação ou prontidão no plano doméstico.
O documento defende o aprimoramento da coleta e análise de dados de inteligência, pesquisa extensa e desenvolvimento para criar proteções contra armas de destruição em massa e estratégias para cada regime que represente uma ameaça.
Fonte: CNN





