11/12/2002 14h48 – Atualizado em 11/12/2002 14h48
Como se vê, as exportações crescem, principalmente, em mercados tradicionalmente pertencentes aos EUA. Porque, por exemplo, no mercado saudita – historicamente o principal cliente brasileiro – a receita apresentou recuo de 11%, fato que agora coloca a Arábia Saudita na segunda posição. E na Europa, de onde se esperava aumento de receita em função da maior exportação de cortes, caiu a receita de Holanda e Alemanha, enquanto o Reino Unido registra incremento de apenas 2,92%. A par desses registros, o que também se constata ao analisar os principais destinos do frango brasileiro é que, estando os embarques direcionados para mais de 80 países, apenas 10 deles respondem por 82% da receita total obtida.
Isso não apresentaria maiores problemas se:
a) dois deles (Japão e Rússia) não fossem tradicionais compradores dos EUA, que vão desenvolver todos os esforços para recuperar o terreno perdido;
b) a Rússia não ameaçasse impor quotas para as importações de 2003, como forma de proteger a avicultura local;
c) três desses principais clientes (Reino Unido, Holanda e
Alemanha) não integrassem a União Européia, cujas medidas protecionistas crescem de momento para momento. Considerando-se apenas esses três fatores e sem analisar outros comportamentos observados no mercado internacional, fica claro que as exportações brasileiras tendem, doravante, a apresentar evolução bem mais moderada. O grande desafio, aliás, é igualar o que está sendo alcançado em 2002. Isso, embora alguns grandes exportadores demonstrem continuar investindo no mercado externo.
Fonte: Avisite




