11/12/2002 16h52 – Atualizado em 11/12/2002 16h52
SÃO PAULO (CNN) – Fim de ano, festas, presentes, viagens, gastos inesperados de todos os tipos. O décimo terceiro salário acaba não sendo suficiente e, então, entra em cena o inimigo número 1 do bolso dos brasileiros: o agiota.
Segundo especialistas em criminalística, o número de pessoas que procuram agiotas para fazer compras e pagar outras contas no fim de ano aumenta em nada menos que 40 por cento nesta época.
Quem se ilude com as propagandas do “dinheiro fácil” pode acabar sendo obrigado a pagar juros de 15 a 20 por cento por mês. O alerta é do presidente da Associação dos Advogados Criminalistas do estado de São Paulo (Acrimesp), Ademar Gomes.
“Aqueles que receberam o décimo terceiro não podem fazer dívidas acima do limite”, aconselha. “É importante que as pessoas procurem gastar dentro do limite para evitar cair nas mãos desses mafiosos”.
Um estudo da Acrimesp mostrou que os agiotas atuam em grupos organizados e em diferentes setores. Os bancários, funcionários públicos e assalariados que recebem remunerações elevadas são consideradas as vítimas preferidas.
Em entrevista à Radiobrás, Gomes denunciou que, muitas vezes, os agiotas contratam “capangas” para ameaçar as pessoas que não conseguem pagar o dinheiro emprestado dentro do prazo.
“Quem caiu na mão, se for vítima, deve procurar uma delegacia de Polícia e dizer o que está acontecendo”, sugeriu o advogado.
De acordo com o Código Penal Brasileiro, o agiota pode pegar de seis meses a dois anos de detenção.
Fonte: CNN




