19/12/2002 13h55 – Atualizado em 19/12/2002 13h55
WASHINGTON (CNN) – Convencidos de que o Iraque não forneceu às Nações Unidas uma declaração completa de seus supostos programas de armas de destruição em massa, os Estados Unidos indicaram que devem decidir se pressionarão ou não por uma guerra contra esse país entre o final de janeiro e meados de fevereiro, declarou uma autoridade norte-americana à CNN.
Ainda de acordo com a fonte, o chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, informou ao Governo Bush que a Comissão de Monitoração, Verificação e Inspeção das Nações Unidas (UNMOVIC) concluiu que o relatório iraquiano não deu conta de todo seu arsenal químico e biológico.
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Uma autoridade da ONU disse à CNN que Mohamed ElBaradei, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), irá relatar ao Conselho de Segurança, nesta quinta-feira, que a declaração iraquiana ainda deixa perguntas sem respostas, as quais os inspetores pretendem buscar.
Sob a resolução 1.441 do Conselho de Segurança da ONU, constitui uma “violação material” o fato de o Iraque fornecer informações falsas ou deixar fora do inventário dados pertinentes sobre seus programas de armas, o que poderia levar o órgão a aprovar uma operação militar contra o país.
Em 7 de dezembro, o Iraque entregou aos inspetores da organização um documento de 11 mil páginas que, segundo Bagdad, confirmaria que o país abandonou programas de armas de destruição em massa.
O parecer inicial a ser apresentado por Blix nesta quinta-feira respaldaria as posições antecipadas na véspera por Washington e Londres.
A autoridade norte-americana disse que o Governo Bush usará as próximas semanas para argumentar que “já há consenso de que o Iraque não passou no teste”.
E porta-vozes militares informaram à CNN que o Pentágono poderá reforçar em janeiro a presença militar dos Estados Unidos no Golfo Pérsico, elevando de 60 mil para mais de 100 mil o número de combatentes na região.
Fonte: CNN




