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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Campo Grande tem o pior IDH entre as capitais brasileiras

30/12/2002 10h15 – Atualizado em 30/12/2002 10h15

Ao contrário da maioria do País, que teve um grande avanço no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), Campo Grande, a capital de Mato Grosso do Sul, aparece como a que tem o pior desempenho entre as capitais brasileiras. Segundo matéria publicada no sábado (28), no jornal Folha de São Paulo, entre as capitais, Florianópolis foi a melhor, com 0,881. A pior, Campo Grande, teve 0,547. A distância entre as duas é de 38%.

A matéria mostra que se olharmos pelas lentes do IDH, indicador internacionalmente usado pela ONU para medir o desenvolvimento humano, o Brasil teve uma mudança significativa de perfil em nove anos.

Em 1991, 8,5% da população brasileira (12,5 milhões) vivia em municípios em que o índice é considerado baixo, ou seja, com um padrão igual ou inferior ao de um país como o Paquistão. Em 2000, as pessoas que viviam em municípios nessas condições somavam apenas 0,2% (250 mil).

Em contrapartida, a porção dos brasileiros que viviam em áreas de IDH alto mais que triplicou no período. Em 1991, 10,8% habitavam cidades de padrão alto. Em 2000, o número chegou a 37,2%.

Em 1991, nenhum Estado apresentava o indicador igual ou superior a 0,800 (marca de alto IDH). Em 2000, Distrito Federal, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro passaram a liderar o ranking nacional, dentro da faixa mais alta.

Os dados, referentes a um período que engloba os governos Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, fazem parte do Novo Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil -projeto do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), da Fundação João Pinheiro e do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), com apoio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O atlas utiliza uma forma adaptada do indicador do IDH da ONU, o IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal). O levantamento tem uma metodologia nova e não deve ser confundido com o divulgado em 98, em que o RS liderava o ranking.

No período, o Brasil como um todo apresentou evolução dentro da faixa média do IDH-M. Saiu de uma posição próxima à ocupada hoje por El Salvador e pela Guiana (0,709) para uma abaixo da Venezuela (0,764) -avanço de 0,055.

O IDH varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total).

Fonte: MS Notícias

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