17/01/2003 15h03 – Atualizado em 17/01/2003 15h03
O governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PSB), pediu hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma política diferencial para o gás no Nordeste, como uma das estratégias para promover o desenvolvimento da Região. Lessa quer preço mais baixo para o produto e acredita que isso seria uma forma de combater a guerra fiscal.
- Se é uma coisa que o Nordeste tem a um custo muito mais baixo que outras regiões, isso pode ser um elemento para atrair a indústria devido à energia mais barata – disse.
Lessa ainda pretende discutir o assunto com a ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef. Outra proposta do governador é incentivar o microcrédito e recriar a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) para servir como vetor de crescimento à Região.
- O Nordeste não pode continuar com guerra fiscal, com cada governador abrindo mão de receitas. O presidente Lula tem o mesmo pensamento e reafirmou o compromisso de uma visão de desenvolvimento estratégico – afirmou.
Ronaldo Lessa apelou para que a Companhia de Eletricidade do Estado de Alagoas (Ceal) não seja privatizada. Ele admite a composição de uma sociedade mista, com governos Estadual e Federal, ou também incluindo a iniciativa privada.
- Hoje, a Empresa Alagoana de Gás é do Governo do Estado com a iniciativa privada e é a que mais dá lucro – lembrou.
A Ceal está federalizada e pertence à Eletrobrás. Do presidente, Lessa recebeu a garantia de que terá apoio para a obra do aeroporto e para a conclusão do Canal do Sertão, essencial para a irrigação no Estado. Embora não tenha tratado sobre valores, ele espera obter, pelo menos, R$ 200 milhões da União. Lula também se comprometeu a visitar Alagoas.
- Temos o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País e quero que ele priorize essas políticas para melhorar nosso estado – disse Lessa.
O governador também manifestou ao presidente seu apoio à Reforma da Previdência e admitiu um sistema único. Contou que está desenvolvendo no estado trabalho semelhante e que acredita poder obter recursos no exterior para o Fundo Previdenciário.
O socialista garantiu não ter discutido política com o presidente, mas revelou estar satisfeito com a composição de cargos no primeiro e segundo escalões. Aos que o têm procurado pedindo uma indicação no Governo, mandou um recado:
- O único nome que sugeri foi o do Roberto Amaral (ministro da Ciência e Tecnologia). Fora isso, mais nenhuma e peço que não me procurem – disse, sinalizando que não vai apontar nomes para a presidência do Banco do Nordeste.
Fonte: Agência Nordeste



